O que vamos fazer? Práticas artísticas participativas em educação artística
Palavras-chave:
Educação Artística, Práticas Artísticas Participativas, Ensino ArtísticoResumo
Tornar as aulas de educação artística mais participativas, exige mais do que uma simples vontade de querer fazer dessa forma. Será possível abalar as hierarquias e os poderes, na relação entre professores e alunos, ou relativizar os discursos instituídos do artístico? Como é que o estudo das práticas artísticas participativas poderá contribuir para o pensamento de outras dinâmicas em educação artística? Neste artigo reconheço a utopia da ideologia participativa e os riscos da sua reprodução no contexto educativo. Procuro perceber, como é que nós professores de educação artística podemos problematizar a questão da participação com os estudantes nas nossas aulas. Temos que aceitar este, como um problema complexo e premente de questionamento na educação artística, para além do binómio da atividade-passividade.
Referências
Atkinson, D. (2018). Art, Disobedience, and Ethics: The Adventure of Pedagogy. Palgrave Macmillan.
Atkinson, D. (2021). Inheritance, disobedience and speculation in pedagogic practice. Discourse: Studies in Cultural Politics of Education. 1-17. DOI: 10.1080/01596306.2021.1975911
Baldacchino, J. (2019). Art as unlearning: towards a mannerist pedagogy. Routledge.
Bishop, C. (2004). Antagonismo e estética relacional. In: Textos para uma história da arte socialmente comprometida (pp.43-76). Documenta.
Bishop, C. (2012). Artificial Hells: Participatory art and the politics of spectatorship. Verso.
Bruner, J. (2011). Entrevista com Jerome Bruner por Pablo Helguera. In Pedagogia no campo expandido (pp.99-104). Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul.
Castellano, C., Raposo, P. (2019). Textos para uma história da arte socialmente comprometida. Documenta.
Debord, G. (2012). A Sociedade do Espetáculo. Antígona.
Foster, H. (2001). El Retorno de lo Real: La vanguardia a finales de siglo. Akal.
Foster, H. (2015). Bad New Days: Art, Criticism, Emergency. Verso.
Gatzambide-Fernandez, R. (2013). Why the Arts Don’t do Nothing?. Harvard Education Review. 83 (1), 211-237. DOI 10.17763/haer.83.1.a78q39699078ju20
Göhlich, M., Liebau, E. (Eds.). (2018) Spectra of Transfor¬mation: Arts Transformation Research and Cultural Dynamics, (vol.17). Waxmann.
Kester, G. (2015). Sobre a relação entre teoria e prática na arte socialmente comprometida. In Textos para uma história da arte socialmente comprometida (pp.77-83). Documenta.
Lacy, S. (1995). Território em disputa: para uma linguagem crítica da arte pública. In Textos para uma história da arte socialmente comprometida (pp.27-42). Documenta.
Martins, C. (2018). The Alchemies of arts in education: Problematizing some of the Ingredients of the Recipe. In Spectra of Transfor¬mation: Arts Transformation Research and Cultural Dynamics (pp.51-67). Waxmann.
Miessen, M. (2010). The Nightmare of Participation. Sternberg Press.
Mörsch, C. (2008). A experiência educativa na Documenta 12. In Conferência Museu de Arte Moderna de São Paulo a 8 de Agosto de 2008. Parque do Ibirapuera. Disponível em: http://iptv.usp.br/portal/video.action?idItem=2717
Mörsch, C. (2009). At a Crossroads of Four Discourses: documenta 12 . Gallery Educaiton: in between Affirmation, Reproduction, Deconstruction, and Transformation. In documenta 12 Education II: Between Critical Practice and Visitor Services, Results of a Research Project (pp.9-32). Diaphanes.
Rancière, J. (2010a). Estética e política: a partilha do sensível. Dafne Editora.
Rancière, J. (2010b). O espectador emancipado.Orfeu Negro.
Sansi Roca, R. (2014). Participação e dádiva. In Textos para uma história da arte socialmente comprometida (pp.101-131). Documenta.
Sternfeld, N. (2013). Playing by the Rules of the Game. Participation in the Post-Representative Museum. CuMMA PAPERS, 1 (1), 1-7.
Publicado
Como Citar
Edição
Secção
Licença
Este trabalho encontra-se publicado com a Licença Internacional Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivações 4.0.
A revista reserva o direito de efetuar, nos originais, alterações de ordem normativa, ortográfica e gramatical, com vista a manter o padrão culto da língua, respeitando, porém, o estilo dos autores.
As opiniões emitidas pelos autores dos artigos são da sua exclusiva responsabilidade.
Os autores conservam os direitos de autor e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution (BY-NC-SA 4.0) que permite a partilha do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
A submissão de artigos a esta revista não contempla qualquer pagamento.
Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir o seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal), já que isso pode aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Os nomes e endereços fornecidos nesta revista serão usados exclusivamente para os serviços prestados por esta publicação, não sendo disponibilizados para outras finalidades ou a terceiros.
Legislação aplicável: Política de Proteção de Dados