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JANEIRO - JULHO 2023 (EDIÇÃO CONTÍNUA)
Vol. 32 N.º 1 (2023) -
CadernoTemático:100 anos de Paulo Freire: práticas, aprendizagens e pesquisas
Vol. 31 N.º 2 (2022)Caderno Temático: 100 anos de Paulo Freire: práticas, aprendizagens e pesquisas
Editores Temáticos: Juliana Rodrigues, Universidade São Paulo (Brasil), José Luís Gonçalves, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti (Portugal).
As comemorações dos 100 anos do nascimento de Paulo Freire, em 2021, fazem-nos refletir sobre as suas memórias, a sua importância, o seu vasto legado de publicações e, especialmente, sobre a grande contribuição dos ensinamentos que ele deixou aos educadores e educadoras de todo o mundo.
Partindo dos problemas sociais contemporâneos e do reconhecimento da educação como um direito humano fundamental para a emancipação dos educandos, para a transformação social e para construção de uma sociedade mais justa, a organização deste dossiê temático, da revista Saber & Educar, pretende chamar a atenção para dar a conhecer diferentes experiências no campo da educação que, de alguma forma, se fundamentem na perspetiva Freiriana, que revelem o desenvolvimento de ações e práticas educativas com foco na autonomia, na emancipação e no estímulo de uma leitura de mundo, seja no campo da educação formal, não formal e informal ou da educação social, e que envolvam crianças, jovens e adultos.
Assim sendo, pretende-se estimular um diálogo científico entre autores da América Latina, de África e também da Europa que favoreça a apresentação de experiências e que problematize com rigor as contribuições de Paulo Freire para a educação e o desenvolvimento humano e social.
Habita-nos a convicção de que o pensamento e ação educacionais Freirianos se evidenciam não só vivos e necessários mas, acima de tudo, bastante urgentes no início da terceira década do século XXI, época carente do pensamento libertador proporcionado pelo conhecimento ao serviço do bem comum, da solidariedade e da justiça, inspirando práticas educativas que façam frente à negação da ciência, ao individualismo e às ameaças ideológicas que, infelizmente, parecem assombrar a sociedade em diferentes continentes.
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Caderno Temático: Novas formas de pensar, atuar e partilhar ciência
Vol. 31 N.º 1 (2022)Caderno temático : Novas formas de pensar, atuar e partilhar ciência
Editor Temático: Margarida Quinta e Costa, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
O ensino e aprendizagem da ciência em contexto formal é importante para se obter uma perspetiva científica do mundo, indispensável a uma cidadania plena e responsável dos atuais alunos, fomentando a consciência cívica e evitando-se fundamentalismos de vária ordem.
Os contextos não formais também contribuem para essa apropriação da literacia científica ou compreensão pública da ciência. Diversas instituições de investigação contribuem para a divulgação da ciência, junto dos alunos dos vários níveis de ensino, o que não desresponsabiliza o professor do seu papel de formador, de possibilitar, ao aluno, o contacto com os pressupostos da ciência, de contribuir para a investigação no ensino e aprendizagem das ciências experimentais e da transposição dos saberes científicos para o espaço escola.
Em Portugal, o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória refere, como áreas a desenvolver, o saber científico e as atividades experimentais que mobilizam competências de compreensão e espírito crítico, criatividade e colaboração, planeamento e capacidade de decisão. Os resultados do estudo internacional PISA 2018 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), embora coloquem a avaliação média dos alunos portugueses em ciência abaixo dos resultados de 2015, reforçam a capacidade de reconhecer uma explicação correta para um fenómeno e identificar conclusões válidas. A visão do ensino experimental das ciências é mais ampla que a mera realização de atividades de manipulação de materiais ou cumprimento de um protocolo experimental, mas ainda temos de apostar na qualificação científica-pedagógica dos docentes e das escolas.
Noutras latitudes, como na América Latina, por exemplo, têm sido desenvolvidos esforços de cooperação na formação de professores de ciências ou constituídos Clubes das Ciências tendo em vista a sua melhor qualificação e consequente alteração de práticas profissionais. Globalmente, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas é constituída por 17 Objetivos e a sua operacionalização requererá alunos-cidadãos cientificamente esclarecidos para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que até 2030 todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade.
Neste volume da revista, pretendemos congregar uma série de artigos que contribuam para uma visão ampliada da ciência, reconhecendo a excelência dos professores, dos divulgadores de ciência e dos cientistas. No entanto, é nosso dever chegar a todos, no sentido de conseguirmos alunos mais esclarecidos que sustentam as suas decisões com o apoio de professores científica e pedagogicamente bem formados.
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Caderno temático: O presente do futuro da Infância
Vol. 30 N.º 1 (2021)Caderno temático: O presente do futuro da Infância
Editores temáticos: Paula Pequito, Ana Cristina Pinheiro, Brigite Silva, Daniela Gonçalves, Irene Cortesão, Ivone Neves e Paula Medeiros, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.
O desenvolvimento profissional é uma exigência incontornável e, por tal, torna-se necessário que esse processo seja capaz de gerar a transformação da prática dos educadores, enquanto corresponsáveis pela operacionalização do projeto educativo próprio de cada instituição, assim como “co-autores” do presente do futuro da Educação de Infância. A (re)configuração ou a transformação das práticas, por sua vez, impõe o recurso a estratégias que pressupõem o desenvolvimento eficaz e enriquecedor de processos de interação teórico-prática que potenciem a reflexão (sobre o que se faz, como se faz, porque se faz; quais os resultados do que se fez, porquê esses resultados e como fazer para os aperfeiçoar). Este novo modo de entender a prática docente assenta numa atitude de indagação, sustentado por referentes teóricos de análise, pela vontade de melhor conhecer e melhor agir e, ainda, pelo domínio das metodologias apropriadas.
As exigências atuais no âmbito da Educação de Infância implicam uma procura de respostas a aspetos essenciais que se constituem como desafios ao exercício da profissionalidade, nomeadamente, a implicação dos diversos parceiros nas dinâmicas educativas, a diversidade de contextos institucionais em que decorre o ato educativo e as exigências da sua natureza comunicacional e intencional.
A rede alargada de interações de que o educador é responsável: interação com crianças, famílias, outros profissionais, autoridades locais e comunitárias, exige um compromisso social e ético.
Importa, neste âmbito, identificar práticas educacionais, projetos, investigações que (re)equacionam o presente do futuro da Educação de Infância, tendo em conta diversos questionamentos: Que conceções e dilemas na formação de educadores de infância? Que intervenientes/parceiros para a educação de infância? O futuro da educação de infância: que desafios? Que práticas estimulam a participação da criança e a cidadania ativa? Como conceber e implementar práticas e ambientes educativos diferenciadores? Como interpretar a 1.ª infância: cuidar/educar/brincar? Como concretizar a inovação pedagógica e as práticas inclusivas? E o locus da Educação de Infância: que limites? E o desenvolvimento e aprendizagem na Infância: que dinâmicas?