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  • Caderno temático INTERVENÇÃO COMUNITÁRIA
    Vol. 32 N.º 2 (2023)

    A intervenção comunitária, enquanto ação que visa uma mudança social planeada, fruto das necessidades identificadas ou sentidas por uma população local e enfrentadas com a sua participação, conheceu significativos avanços nos últimos anos, não só ao nível das suas teorias fundacionais, filosofias de ação ou modelos de intervenção preconizados, mas também ao nível das metodologias, estratégias e/ou técnicas implementadas. A melhoria das condições de vida e de convivência de uma dada comunidade configura um campo de ação e de reflexão de natureza transdisciplinar e multiprofissional que, não podendo prescindir de recursos humanos e materiais e de uma determinada rede de parcerias, mobiliza a própria comunidade enquanto protagonista do seu processo de emancipação e desenvolvimento coletivo. Ensaiando-se um percurso interrogativo, indaga-se:

    · Que mudanças ocorreram, nos últimos anos, no mundo, que justificam a emergência de novas abordagens teóricas e práticas de intervenção comunitária?

    · Que desafios epistemológicos enfrentam os agentes para (continuar) a articular teoria e prática na intervenção comunitária?

    · Que (novas) metodologias, métodos e estratégias de intervenção merecem ser destacadas na contemporaneidade?

    · Como articular, na intervenção comunitária, a tríade: comunidade, participação e desenvolvimento humano?

    · Que relações têm vindo a destacar-se na intervenção comunitária entre o trabalho comunitário, as organizações sociais e o desenvolvimento local?

    · Que (novas) competências são chamados e mobilizar os interventores sociais para enfrentar os desafios da realidade atual?

    · Que características encerram as políticas públicas potenciadoras ou, pelo contrário, inibidoras do desenvolvimento comunitário?

    Este caderno temático orienta-se para temas da intervenção comunitária numa perspetiva uni/inter/transdisciplinar (antropologia, psicologia, sociologia, educação/serviço social, entre outras), aplicados aos mais diversos âmbitos (escolar, social, cultural, económico, ambiental, da saúde, etc.), tendo em vista enfrentar desafios de inclusão, coesão e justiça social; de promoção da igualdade de género, de oportunidades de aprendizagem e de emprego; de participação cívica e política da comunidade; de reconhecimento e usufruto dos direitos humanos, entre outros desafios, com o objetivo de fazer face às necessidades dos mais variados sujeitos pessoais e coletivos.

  • Caderno Temático: Infância - Paz, sustentabilidade e inclusão
    Vol. 32 N.º 1 (2023)

    As discussões sobre o desenvolvimento sustentável, suscitado pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, assumem que as exigências do futuro ambiental do planeta estão associadas, também, à necessidade em superar as questões sociais que atingem as populações mundiais, como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades e a promoção dos Direitos Humanos. Neste âmbito, as políticas públicas para a comunidade educativa assumem-se como importantes eixos norteadores para articular as ações educativas em prol de um mundo mais sustentável, seja nos contextos regionais, nacionais ou internacionais.

    No sentido de promover partilhas, aprendizagens e (trans)formações multitemáticas sobre a Educação de Infância, interligados com os objetivos para o desenvolvimento sustentável, realizou-se o II Congresso Internacional do OFEI, em que os/as educadores/as foram convidados a refletir, a escrever e a divulgar teorias e práticas educativas associadas à Cultura e Educação de Paz, à Sustentabilidade (associada a fatores económicos, sociais e ambientais) e à Inclusão em Educação de Infância.

    Partilham-se quatro eixos estruturantes:

    1. Educadores/as de Infância: desenvolvimento profissional e conhecimento da profissão;

    2. Educação de Infância: entrelaçamentos com diferentes áreas do saber;

    3. Qualidade em Educação de Infância: organizações, atores, espaços, tempos, contextos e interações;

    4. Educação de Infância: desenvolvimento humano, consciência cívica e bem-estar.

    Editores temáticos

    Paula Pequito – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
    Ana Luísa Ferreira – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
    Ana Pinheiro – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti| CIPAF | INED | OFEI
    Daniela Gonçalves – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
    Daniella Assemany – Universidade Federal do Rio de Janeiro | Grupo de Estudos e Pesquisas em Insubordinação Criativa  
    Elvira Sanchez –  Asociación Mundial de Educadores Infantiles  (AMEI-WAECE)
    Maria Jesús Víton – Universidade Autónoma de Madrid 

  • CadernoTemático:100 anos de Paulo Freire: práticas, aprendizagens e pesquisas
    Vol. 31 N.º 2 (2022)

    Caderno Temático: 100 anos de Paulo Freire: práticas, aprendizagens e pesquisas

    Editores Temáticos: Juliana Rodrigues, Universidade São Paulo (Brasil), José Luís Gonçalves, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti (Portugal).

    As comemorações dos 100 anos do nascimento de Paulo Freire, em 2021, fazem-nos refletir sobre as suas memórias, a sua importância, o seu vasto legado de publicações e, especialmente, sobre a grande contribuição dos ensinamentos que ele deixou aos educadores e educadoras de todo o mundo.

    Partindo dos problemas sociais contemporâneos e do reconhecimento da educação como um direito humano fundamental para a emancipação dos educandos, para a transformação social e para construção de uma sociedade mais justa, a organização deste dossiê temático, da revista Saber & Educar, pretende chamar a atenção para dar a conhecer diferentes experiências no campo da educação que, de alguma forma, se fundamentem na perspetiva Freiriana, que revelem o desenvolvimento de ações e práticas educativas com foco na autonomia, na emancipação e no estímulo de uma leitura de mundo, seja no campo da educação formal, não formal e informal ou da educação social, e que envolvam crianças, jovens e adultos.

    Assim sendo, pretende-se estimular um diálogo científico entre autores da América Latina, de África e também da Europa que favoreça a apresentação de experiências e que problematize com rigor as contribuições de Paulo Freire para a educação e o desenvolvimento humano e social.

    Habita-nos a convicção de que o pensamento e ação educacionais Freirianos se evidenciam não só vivos e necessários mas, acima de tudo, bastante urgentes no início da terceira década do século XXI, época carente do pensamento libertador proporcionado pelo conhecimento ao serviço do bem comum, da solidariedade e da justiça, inspirando práticas educativas que façam frente à negação da ciência, ao individualismo e às ameaças ideológicas que, infelizmente, parecem assombrar a sociedade em diferentes continentes.

  • Caderno Temático: Novas formas de pensar, atuar e partilhar ciência
    Vol. 31 N.º 1 (2022)

    Caderno temático : Novas formas de pensar, atuar e partilhar ciência

    Editor Temático: Margarida Quinta e Costa, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti

    O ensino e aprendizagem da ciência em contexto formal é importante para se obter uma perspetiva científica do mundo, indispensável a uma cidadania plena e responsável dos atuais alunos, fomentando a consciência cívica e evitando-se fundamentalismos de vária ordem.

    Os contextos não formais também contribuem para essa apropriação da literacia científica ou compreensão pública da ciência. Diversas instituições de investigação contribuem para a divulgação da ciência, junto dos alunos dos vários níveis de ensino, o que não desresponsabiliza o professor do seu papel de formador, de possibilitar, ao aluno, o contacto com os pressupostos da ciência, de contribuir para a investigação no ensino e aprendizagem das ciências experimentais e da transposição dos saberes científicos para o espaço escola.

    Em Portugal, o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória refere, como áreas a desenvolver, o saber científico e as atividades experimentais que mobilizam competências de compreensão e espírito crítico, criatividade e colaboração, planeamento e capacidade de decisão. Os resultados do estudo internacional PISA 2018 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), embora coloquem a avaliação média dos alunos portugueses em ciência abaixo dos resultados de 2015, reforçam a capacidade de reconhecer uma explicação correta para um fenómeno e identificar conclusões válidas. A visão do ensino experimental das ciências é mais ampla que a mera realização de atividades de manipulação de materiais ou cumprimento de um protocolo experimental, mas ainda temos de apostar na qualificação científica-pedagógica dos docentes e das escolas.

    Noutras latitudes, como na América Latina, por exemplo, têm sido desenvolvidos esforços de cooperação na formação de professores de ciências ou constituídos Clubes das Ciências tendo em vista a sua melhor qualificação e consequente alteração de práticas profissionais. Globalmente, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas é constituída por 17 Objetivos e a sua operacionalização requererá alunos-cidadãos cientificamente esclarecidos para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que até 2030 todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade.

    Neste volume da revista, pretendemos congregar uma série de artigos que contribuam para uma visão ampliada da ciência, reconhecendo a excelência dos professores, dos divulgadores de ciência e dos cientistas. No entanto, é nosso dever chegar a todos, no sentido de conseguirmos alunos mais esclarecidos que sustentam as suas decisões com o apoio de professores científica e pedagogicamente bem formados.

  • Caderno temático: O presente do futuro da Infância
    Vol. 30 N.º 1 (2021)

    Caderno temático: O presente do futuro da Infância

    Editores temáticos: Paula Pequito, Ana Cristina Pinheiro, Brigite Silva, Daniela Gonçalves, Irene Cortesão, Ivone Neves e Paula Medeiros, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.

    O desenvolvimento profissional é uma exigência incontornável e, por tal, torna-se necessário que esse processo seja capaz de gerar a transformação da prática dos educadores, enquanto corresponsáveis pela operacionalização do projeto educativo próprio de cada instituição, assim como “co-autores” do presente do futuro da Educação de Infância. A (re)configuração ou a transformação das práticas, por sua vez, impõe o recurso a estratégias que pressupõem o desenvolvimento eficaz e enriquecedor de processos de interação teórico-prática que potenciem a reflexão (sobre o que se faz, como se faz, porque se faz; quais os resultados do que se fez, porquê esses resultados e como fazer para os aperfeiçoar). Este novo modo de entender a prática docente assenta numa atitude de indagação, sustentado por referentes teóricos de análise, pela vontade de melhor conhecer e melhor agir e, ainda, pelo domínio das metodologias apropriadas.

    As exigências atuais no âmbito da Educação de Infância implicam uma procura de respostas a aspetos essenciais que se constituem como desafios ao exercício da profissionalidade, nomeadamente, a implicação dos diversos parceiros nas dinâmicas educativas, a diversidade de contextos institucionais em que decorre o ato educativo e as exigências da sua natureza comunicacional e intencional.

    A rede alargada de interações de que o educador é responsável: interação com crianças, famílias, outros profissionais, autoridades locais e comunitárias, exige um compromisso social e ético.

    Importa, neste âmbito, identificar práticas educacionais, projetos, investigações que (re)equacionam o presente do futuro da Educação de Infância, tendo em conta diversos questionamentos: Que conceções e dilemas na formação de educadores de infância? Que intervenientes/parceiros para a educação de infância? O futuro da educação de infância: que desafios? Que práticas estimulam a participação da criança e a cidadania ativa? Como conceber e implementar práticas e ambientes educativos diferenciadores? Como interpretar a 1.ª infância: cuidar/educar/brincar? Como concretizar a inovação pedagógica e as práticas inclusivas? E o locus da Educação de Infância: que limites? E o desenvolvimento e aprendizagem na Infância: que dinâmicas?

  • Escolas encerradas: Que educação em tempos de COVID-19?
    Vol. 29 N.º 1 (2020)

    A emergência inusitada da pandemia provocada pela Covid-19 tem-se vindo a traduzir em acentuadas disrupções sociais e económicas em todas as latitudes do globo. No âmbito da educação, a maioria dos países decidiu-se pelo encerramento temporário dos estabelecimentos escolares e a suspensão da frequência presencial dos alunos às aulas. Decorre dessa decisão que, em maio de 2020, se registavam, em todo o mundo, mais de 1,5 mil milhões de alunos fora dos estabelecimentos de ensino. Os países que encerraram as escolas encontraram formas muito diversificadas de dar continuidade aos processos de aprendizagem curriculares, promovendo, entre outras, modalidades de ensino online através de plataformas digitais, disponibilizando aulas através da televisão ou da rádio ou, ainda, recuperando as convencionais entregas de materiais didáticos em papel na casa dos alunos. Noutras latitudes, o ensino escolar ficou simplesmente interrompido.

    Encontrando-se no terreno um conjunto vasto de estudos a coligir dados a respeito do encerramento escolar (e.g. UNESCO Survey on National Education Responses to COVID-19 School Closure), parece já ser possível identificar alguns impactos que este fenómeno teve neste período sobre os vários agentes – alunos, docentes, famílias, comunidades, lideranças escolares – e retirar ilações sobre aspetos tão distintos como as práticas pedagógicas implementadas, as ferramentas digitais utilizadas e as competências adquiridas, a qualidade da relação educativa estabelecida, os processos de socialização promovidos, a liderança escolar exercida, as políticas educativas adotadas, as (des)igualdades sociais entre alunos, entre outros aspetos considerados pertinentes em todos os níveis de ensino.

    Perspetivando-se uma retoma gradual do ensino presencial na maioria dos países, importa fazer um balanço dos ganhos e das perdas alcançados neste período atípico vivido na educação e indagar sobre as aprendizagens feitas o que de melhor se deve, doravante, adotar. Com esse objetivo, o presente número 29 da Revista Saber & Educar é dedicado ao tema: “Escolas encerradas: que educação em tempos de Covid-19?” e pretende reunir um conjunto diversificado de contributos cientificamente sustentados que permita assinalar com rigor as marcas deixadas na educação desta nossa experiência coletiva extraordinária.

    Editorial

    Educação e Resiliência

    José Luís Gonçalves

    Artigos

    Communication and the Global Pandemic: Sustaining Continity, Rhythm, and Balance

    David T. Hansen

    As escolas fecharam, a educação não ficou suspensa

    João Costa

    Educação em tempos de Covid-19 - descrições, observações e questões, a partir de uma perspetiva alemã

    Dirk Oesselmann

    Covid-19, Estatuto da Criança e do Adolescente e o papel de educadoras e educadores sociais no Brasil: sobre o sobreviver e o cuidado mútuo

    Juliana Pedreschi Rodrigues, Valéria Aroeira Garcia, Talita Alessandra Tristão

    A educação de crianças e jovens durante a pandemia da Covid-19. “Tem alguém aí, ou vamos apenas cumprir tarefas?”

    Danielle do Nascimento Rezera, Raquel Gomes D'Alexandre

    Educação em valores em ensino à distância com alunos do 1º ciclo do ensino básico - projeto no âmbito de um curso de mestrado em ensino

    Ana Catarina Ferreira Pinto, Margarida M. Marques

    Por um currículo que nos una: uma reflexão educativa em tempos de covid 19

    Pedro Duarte

    A escola em tempos de pandemia: narrativas de professores

    José Verdasca

  • Oportunidades e desafios em Educação Matemática
    Vol. 28 (2020)

    No panorama nacional e internacional, reiteradamente somos confrontados com recomendações e orientações curriculares para a Matemática que, de modo ambicioso, estabelecem finalidades e objetivos educacionais, pretendendo que o sucesso de crianças e jovens nesta área tradicionalmente problemática esteja efetivamente ao alcance de todos. Os últimos resultados do PISA 2018 evidenciam os resultados atingidos pelos alunos portugueses na área de Matemática, em linha com os 492 pontos alcançados na edição anterior e três pontos acima da média dos países da OCDE (489 pontos). Numa análise mais generalizada, da responsabilidade do IAVE, desde 2003 que se assiste em Portugal a um crescimento significativo de seis pontos, contrariando a tendência ligeiramente negativa (menos 0,6 pontos) registada no conjunto dos países da OCDE em igual período. Em Espanha, os resultados apurados pelo PISA apontam, a partir de 2015, para uma inversão da tendência positiva que se registava desde 2006, verificando-se neste país, em 2018, níveis semelhantes aos registados na Lituânia e na Hungria. Quando se alarga esta análise a outras latitudes (continente americano e asiático, por exemplo), ressalta a estagnação (desde 2000) no nível de desempenho dos estudantes norte-americanos, destaca-se a persistência de níveis abaixo da média da OCDE no Brasil, Argentina e Panamá e continuam a sobressair, pela positiva, os resultados atingidos por China e Singapura em provas internacionais.

    A par da multiplicação de propostas curriculares de intervenção específica, da implementação de projetos de intervenção de natureza intra ou interdisciplinar, do desenvolvimento de experiências pedagógicas devidamente enquadradas e da valorização e disseminação de boas práticas matemáticas assiste-se, concomitantemente, a uma notável produção investigativa centrada nos múltiplos aspetos implicados no ensino e na aprendizagem desta área disciplinar.

    As dinâmicas e os resultados comprovados por este binómio formação-investigação criam condições que não poderão nem deverão ser negligenciadas por professores e decisores, nomeadamente pelos benefícios que possam significar na ainda necessária desconstrução ideológica de que pensar matematicamente é só para alguns, crença infundada epistemológica, praxeológica e até axiologicamente. Importa, pois, disseminar contributos e dinâmicas emergentes da investigação sobre contextos e práticas pedagógicas favoráveis à sua aprendizagem e reveladores de apropriação significativa deste tipo de conhecimento, bem como identificar desafios que lhe são colocados nos atuais cenários socioeducativos e fatores críticos que pareçam comprometer a sua aprendizagem e, por consequência, a eficácia do seu ensino.

    Desejando contribuir para o reforço do corpus de conhecimento pedagógico-didático desta área – no âmbito do saber próprio desta disciplina e dos seus conteúdos, focado nos seus métodos e estratégias específicos, resultante de abordagens de cariz inovador, decorrente da utilização de recursos didáticos ou orientado para práticas e instrumentos destinados à sua avaliação, por exemplo –, neste número 28 da revista Saber e Educar convidamos investigadores interessados a partilhar pesquisas produzidas em/sobre Educação Matemática que possam estimular a adoção e concretização de propostas cientifico-pedagógicas consistentes, potenciando, por essas vias, a melhoria da qualidade das aprendizagens de natureza lógico-matemática e do seu ensino.

    Organização deste número temático:

    Isabel Cláudia Nogueira (Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti) e Teresa Férnandez Blanco (Universidad de Santiago de Compostela)

    Editorial

    José Luís Gonçalves

    Nota introdutória

    Isabel Cláudia Nogueira, Teresa Férnandez-Blanco

    Artigos S&E

    Cinco prácticas productivas para una enseñanza de las matemáticas a través de los procesos

    Ángel Alsina

    Audio-podcasts de matemáticas: comunicación y representación con las TIC

    Christof Schreiber

    A formação inicial de professores para uma educação interdisciplinar– O exemplo do projeto EduPARK

    Teresa Bixirão Neto, Lúcia Pombo

    La Grande Illusion – A Grande Ilusão

    Nuno Crato

    Estudio exploratorio de las steam desde las matemáticas

    Teresa Fernández-Blanco, Valeria González-Roel, Antía Álvarez Ares

    Ensino e Aprendizagem da Matemática no Jardim-de-infância: Concepções e Práticas das Educadoras e Estagiárias do C.I.P.P Kilamba-Angola

    Maria Fátima de Assis Paulo

    Variæ

    O Programa Internacional para a Avaliação das Competências dos Adultos (PIAAC) e a promoção das competências de numeracia da população portuguesa

    Luís Rothes, João Queirós

  • Compromissos Educativos na construção de uma Cidadania Saudável
    Vol. 27 (2019)

    De acordo com estudos, trabalhos de investigação e projetos, cada vez mais é necessário ampliar os conhecimentos, as práticas e os saberes a propósito dos desafios de uma Cidadania Saudável.

    Implicados nesta construção, propomo-nos repensar e atualizar os compromissos educativos a partir de dinâmicas de natureza interdisciplinar, para, deste modo, com uma visão holística e/ou um exercício participativo, poder aprofundar o desenvolvimento de experiências e significados democratizadores que ofereçam sentido aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.

    Neste cenário, e contando com o contributo e o envolvimento de diversas áreas de saber - a pedagogia, a antropologia, a psicologia, as ciências da saúde, entre outras -, é exigido, mais do que nunca, o diálogo “articulado” que terá como grande finalidade a concretização de uma praxis emancipadora dos sujeitos e de comunidades saudáveis. Que compromissos educativos são necessários para respeitar a nossa condição de ser humano, garantindo uma vida digna, saudável e solidária? Que dimensões de cidadania – cultural, social, política, económica, - devem ser prioritárias nos compromissos educativos, no sentido de concretizar uma praxis transformadora, tendo em conta as profundas desigualdades que nos habitam? Como articular pedagogicamente uma cidadania saudável com uma cidadania democratizadora que oferece sentido ao conjunto de valores que orientam processos emancipatórios e comprometidos com o desenvolvimento dos Direitos Humanos? Como respeitar valores universais e realidades culturais situadas, atendendo ao diálogo intercultural que (re)valoriza e cuida da diversidade? Que pressupostos estão subjacentes a uma comunidade saudável? Como é que uma comunidade saudável pode ser identificada com uma comunidade educativa crítica e, por tal, construtora de melhorias educativas, assegurando para uma educação de qualidade – com equidade – para todos e todas?

    Organização deste número temático:

    Daniela Gonçalves, ESE de Paula Frassinetti, Porto, Portugal, FEP-UCP/ECHR, SIeP da UAM; María Jesús Víton, Universidade Autónoma de Madrid (UAM) e SIeP da UAM

     

    Sumário Editorial

    José Luís Gonçalves

    Nota introdutória Daniela Gonçalves, María Jesús Vitón de Antonio Artigos S&E

    Educar para a Economia Circular – uma experiência inovadora na formação de professores

    Margarida Quinta e Costa, Isilda Monteiro, Vítor Rodrigues Ribeiro

    Derecho a una salud y libertad de decisiones. Posibilidad de optar al uso de Terapias Complementarias

    María Lourdes Casillas Santana

    Entre o passado e o futuro: a História e a promoção de uma Cidadania ativa

    Tiago Ribeiro da Costa, Diana Raquel Martins

    Exclusión social e inteligencia emocional: Las perspectivas de los agentes de la intervención social

    Claudia Sanchez Velasco, Práxedes Muñoz Sánchez, Beatriz Peña Acuña

    Investigadores Convidados

    Contextos socioculturales del cuidar y ejercicio ético. Reflexividad y compromisos pedagógicos para la democratización de vida compartida

    María Jesús Vitón de Antonio, Fructuoso de Castro de la Iglesia

  • Projetos educacionais de autoria/autonomia e abordagens flexíveis do currículo
    Vol. 26 (2019)

    Modos de aprender e de ensinar flexíveis

    (Trans)Formação educativa e gestão (flexível) do currículo

    O pensamento educacional contemporâneo está umbilicalmente ligado às opções políticas nacionais e internacionais.  Em Education Policy Outlook 2015 - Making Reforms Happen (OCDE) é referido que, “para melhorar a qualidade do ensino ministrado nas escolas, as políticas devem centrar-se na mudança das práticas na sala de aula, no equilíbrio entre pressão e apoio externos, bem como na definição e prossecução dos objetivos de longo prazo.” Na sequência da publicação The Future of Education and Skills, do projeto Education 2030, foram vários os países europeus que intensificaram as reformas no ensino através de orientações curriculares que promovem a inovação pedagógica e a mudança educacional, a partir de  uma conceção de currículo flexível, aberto e enriquecido que garanta simultaneamente um alicerce comum para todos os alunos e uma parte complementar e diferenciadora que vá ao encontro de motivações, preferências e facilidades. Em Portugal, por exemplo, a recente legislação e a respetiva filosofia educacional que a precede – inclusão, autonomia e flexibilidade curricular – pretende promover uma mudança paradigmática nas escolas potenciando propostas mais ajustadas à forma como os alunos aprendem e, com isso, favorecer uma educação mais holística a gerar maior equidade social.                                                         

    Importa, neste momento, identificar contributos emergentes dos caminhos que têm vindo a ser trilhados por alunos, professores e instituições escolares: que projetos se encontram a ser implementados e quais são os pressupostos que parecem assegurar essa implementação? De que forma(s) e com que impacto(s) as instituições de ensino (re)organizam os tempos de trabalho dos seus alunos e professores conciliando disponibilidades e responsabilidades? Que critérios estão a ser aplicados no agrupamento de alunos? Quais as principais (re)configurações em termos de avaliação das aprendizagens? Que (novas) oportunidades de aprendizagem e colaboração estão a emergir destes trajetos? Que constrangimentos parecem derivar da adoção de novos modos de ensinar e aprender e que perceções transparecem dos diferentes agentes das comunidades educativas?

    Editorial (Trans)formação Educativa e Gestão (Flexível) do Currículo José Luís Gonçalves; Daniela Gonçalves Artigos S&E Ensino da língua materna e flexibilidade curricular: uma proposta para a educação pré-escolar

    Cristina Manuela Sá

    Construindo significados: diálogos com professores do ensino básico acerca da avaliação escolar

    Diego Firmino Chacon, Dinara Soares Chacon Sales, Francisco Firmino Sales Neto

    Revisitando a definição operacional de currículo na linha da flexibilidade curricular: uma análise à atual conceção complexa de currículo no quadro das agências professor, aluno e competência

    Henrique Pereira Ramalho

    As Possibilidades de um Perfil de Aluno/a enquanto Cidadão/ã Criativo/a 

    Inês Sousa, Elisabete Ferreira

    Estratégias Promotoras do Pensamento Crítico:Faz parte das Práticas didático-pedagógicas?

    Rosana Muniz de Medeiros, Rui Marques Vieira, Francislê Neri de Sousa

    Investigadores Convidados

    El nuevo modelo de gobernanza en la educación superior de Portugal, un espejo para España

    María Jesús Mairata, Juan Félix Cigalat, Juan José Montaño

    Agrupamento de escolas de Alcanena: da flexibilidade curricular ao plano de inovação

    Ana Cohen

  • Educar com TIC para o Século XXI
    Vol. 25 (2018)

    Na Educação, temos assistido a um vasto conjunto de transformações, conscientes de que ocorrem de forma cada vez mais rápida, confirmando as exigências que emergem das mudanças que se fazem sentir na sociedade, seja nos domínios económicos, sociais, culturais ou tecnológicos, entre outros. Se o século XX confirmou o caminho que se iniciara no século anterior, na revolução e explosão da comunicação, celebrando a invenção de novos meios e com novas linguagens, onde se evidenciava o lugar incontornável da imagem, fixa ou em movimento (dimensão iconográfica), o século XXI, através do extraordinário desenvolvimento da tecnologia informática, dá continuidade à mesma trajetória e avança para o que Castells, na senda da Galáxia Gutenberg e da Galáxia Marconi de McLuhan, anuncia como estádio mais avançado nesta história de sucesso e apelida de Galáxia Internet. Os últimos anos do fim do século XX albergaram a convicção de que a civilização passaria por decisivas metamorfoses. Uma delas era a de que a revolução tecnológica e científica transformaria todos os domínios mas, particularmente nos dispositivos comunicacionais, viria a ocupar um lugar essencial na dinâmica das transformações societais daí decorrentes. A Educação constituiria um território desafiante para compreender essas mesmas modificações e, naturalmente, para se identificar os desafios de uma educação para o século XXI. 

    Educar com TIC para o século XXI tem inscrita a exigência de uma reflexão maior sobre o papel que as Tecnologias da Informação e Comunicação têm no domínio educacional. De entre outros, identificamos o desafio (e ao mesmo tempo exigência) de uma maior e melhor integração curricular das TIC nas práticas de ensino, do reforço do papel das comunidades de aprendizagem, da diversificação dos contextos de aprendizagem, da ampliação das possibilidades comunicacionais, de uma melhor inclusão e uma maior participação cidadã de todos. Quase duas décadas volvidas neste século pudemos confirmar algumas expectativas, comprovar quão infundados eram alguns medos, reforçar algumas preocupações com a direção ou sentido do caminho, por vezes a desilusão quanto ao alcance dos resultados e de aspetos que se esperava ver confirmados.

    Organização deste número temático: Joaquim José Jacinto Escola, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Manuela Raposo Rivas, Universidade de Vigo

    Sumário Editorial José Luís Gonçalves Artigos 

    Ambientes Educativos Inovadores: a realidade de escolas portuguesas

    Angélica Monteiro, Alcina Figueiroa, José Couto, Orquídea Campos

    Tecnologias da informação e comunicação (TICs) na promoção da saúde: considerações bioéticas

    Ivani Nadir Carlotto, Maria Alzira Pimenta Dinis

    As TIC e a aprendizagem numa proposta de Percurso Curricular Alternativo (PCA)

    Maria Gorete Pereira

    O quadro interativo na sensibilização à diversidade linguística na educação pré-escolar

    Maria João Silva, Filomena Martins

    Educar para a cidadania - Literacia do séc. XXI para crianças

    Isaura Ribeiro

    A Convergência como tendência para a educação do presente

    Fernanda Campos

    Mídia televisiva, desenvolvimento sócio-afetivo e estilo de vida de crianças do ensino fundamental

    Regiane da Silva Macuch, Janayna Cristina Rocha, Bruna Rafaele Milhorini Greinert, Leticia Fleig Dal Forno, Rute Grossi Milani

    Investigadores Convidados

    A utilização das TIC na educação: Estudo de caso

    Rubia Salheb Fonseca, Joaquim Escola

    “Sentidiño na rede” para un uso responsable de internet

    Manuela Raposo-Rivas, Mª Esther Martínez-Figueira, Patricia González-Martínez, José Torres-Meira, Rogelio Carballo-Soria, Francisco Freire-Vila, Justo Fernández-López, Mª Fernanda Barboza Cid, Miguel Roibás-Aguado, Teresa Gutiérrez-Manjón, Angeles Parrilla Latas

    A Sociedade Digital: a redefinição da escola, do papel do professor e do aluno

    Natália Moura Lopes

    Variæ

    Do ensino explícito de estratégias de compreensão leitora ao sucesso na aprendizagem da leitura: programa de intervenção no 3.º ano de escolaridade

    Mafalda Ferreira, Carolina Gonçalves

  • A Educação Artística na Escola do Século XXI
    Vol. 24 (2018)

    O mundo vive atualmente um momento marcado por grandes transformações socioculturais e educativas. Encontra-se em movimento acelerado, como veículo de produção e transmissão de informações, conformando novas subjetividades, novas formas de ver, de sentir, de interpretar e de projetar uma cultura polifónica. Neste contexto, também as manifestações artísticas, sustentadas pela pós-modernidade, têm provocado grandes mudanças no contexto cultural, abrindo um espaço de questionamento que pressupõe um conhecimento sempre renovado, quer concetual, quer formal, com repercussões na educação artística, implicando novas formas de ensino-aprendizagem. E, por essa razão, torna-se urgente (re)pensar a área da educação artística, tendo em consideração a sociedade em vivemos, perspetivando o futuro. Pensar a Educação Artística na Escola do futuro é pensar em novos desafios e em novas exigências, em valores e práticas que deverão ser equacionados, em mitos que terão se ser colocados em causa, para uma revitalização capaz de conceber, atuar e refletir, que ajude a escola a problematizar e a projetar o futuro através da mudança e da inovação.

    Neste enquadramento, o presente número da Revista Saber & Educar reúne um leque de artigos que incidem em diversas temáticas relacionadas com A Educação Artística na Escola século XXI, destacando-se as políticas curriculares e uma nova organização educativa, o papel do aluno e do professor no processo de ensino-aprendizagem, bem como a relação entre a escola, a família e a comunidade. A dimensão didática dos espaços e dos objetos escolares, assim como as metodologias de ensino-aprendizagem que impactam nas práticas educativas, têm também um lugar de evidência em vários artigos.

    Salienta-se, ainda, a abordagem do fenómeno artístico numa perspetiva sociocultural e da literacia artística na era pósdigital em que nos encontramos e que pressupõe uma transformação educativa.

    Por último, numa perspetiva mais empírica, são apresentados projetos e experiências didáticas de inovação curricular formal e não formal e de intervenção comunitária.

    Equacionados num panorama de mudança que exige a nossa atenção para o desenho de novas linhas de ação na área da Educação Artística estes artigos procuram abrir caminho a novas formas de pensar e atuar determinantes na construção de cidadãos que possam ser atores de corpo inteiro da invenção do futuro que é já hoje.

    Organização deste número temático: 

    Mónica Oliveira, Escola Superior de Educação Paula Frassinetti

    Sumário Editorial A Educação Artística na Escola do Século XXI José Luís Gonçalves Artigos 

    A Educação Artística no Presente e no Futuro

    Sandra Palhares

    Arquitetura, Design e Futuro: dimensão didática de espaços e objetos escolares

    Bartolomeu Paiva

    Ensinar Cidadania com Arte! Olha Para O Que Eu Faço … Não Olhes Para O Que Eu Digo!

    Anabela Moura, Gabriela Barbosa

    A introdução de instrumentos populares em contexto educativo: a escola como agente de defesa da cultura local num mundo globalizado

    Carlos Gonçalves, Natálina Cristovão, Paulo Esteireiro

    Pode a cidade ser Escola? – Serviço Educativo ESE/Porto

    Susana Lopes, Cláudia Melo

    Experiencias de Arte Comunitario en la Escuela: Una Necesidad en la Educación del futuro

    Aroa Mediero González

    Cartografias Coletivas

    Alexandra Baudouin

    Estratégias de ensino para uma educação artística não tóxica

    Marta Ornelas

    “Expressão Dramática na sala de aula” - um caderno repleto de espaços vazios

    Adriana Campos, Andreia Dias

    Investigadores Convidados

    Escola do futuro: perspetiva dos alunos de 1.º Ciclo do Ensino Básico

    Mónica Oliveira

    La era postdigital en la enseñanza de las artes visuales. Transformación educativa y propuestas para el debate

    Rafael Marfil-Carmona

  • Contornos da EDUCAÇÃO INCLUSIVA na perspetiva da lei e das respostas educativas
    Vol. 23 (2017)

    Os contornos da EDUCAÇÃO INCLUSIVA na perspetiva da lei e das respostas educativas

    A Humanidade necessitou de percorrer séculos de existência para lograr o respeito pela vida e pela individualidade e especificidade de cada indivíduo, a par do sentido de responsabilidade coletiva pelo bem-estar e plena realização de todos e cada um, consubstanciando-se assim a afirmação da cidadania plena, entretanto proclamada pela Convenção dos Direitos Humanos. No plano educacional, constitui hoje base de atuações, na maioria dos países, o preceituado na Declaração de Salamanca, de 1994, onde se reconhece a necessidade e a urgência de garantir a educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais no quadro do sistema regular de educação. Mais se afirma que a adaptação a promover é a das escolas, através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro das suas necessidades e potencialidades. A própria ciência foi comprovando que todas as crianças e jovens, independentemente das suas referências culturais ou das suas potencialidades e necessidades, progridem e devem aprender juntas. O avanço do conhecimento científico e técnico que baseia a intervenção diferenciada, as práticas inovadoras desenvolvidas e o investimento humano na educação inclusiva refletem a procura incessante de melhores atuações, a caminho da concretização do princípio da inclusão, nas escolas e na sociedade. Portugal, ao assinar, a par de numerosos outros países, a referida Declaração, tomou em mãos a tarefa da educação inclusiva, que paulatinamente vem concretizando. A Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti assumiu, desde 1990, a responsabilidade de ser parceira na procura da realização desse ideal, através da promoção do conhecimento científico, da habilitação de recursos humanos, e da construção de materiais e recursos tecnológicos especializados. Os docentes e os técnicos especializados por esta instituição desenvolvem atualmente uma meritória ação, de norte a sul do país, enquanto obreiros e observadores críticos do caminho percorrido. Obra sempre inacabada, apesar de em permanente evolução! O Departamento de Educação Especial e Psicologia, pela observação das ações implementadas no terreno, pelos dados colhidos na investigação que promove, pela escuta constante de anseios partilhados na formação que ministra, tem a perceção do sentimento implícito e explícito do quanto falta cumprir, no processo de construção da qualidade, no âmbito da inclusão educativa. É de importância capital continuar a alertar o pensamento que enforma a política educativa, o ambiente social geral, as instituições educativas, os gestores de educação e ensino, os professores, as famílias, as associações e demais organizações, para o facto de as especificidades em crianças e alunos infra ou supra dotados deverem ser identificadas o mais cedo possível, promovendo-se uma educação de qualidade para todos, seguindo uma orientação inclusiva. A publicação deste número da Revista Saber & Educar, de natureza temática, tem isso em vista. As pesquisas e experiências relatadas, os modelos, metodologias e recursos descritos, oferecem contributos significativos para novo impulso.

    Os diferentes artigos apresentados, permitem ao leitor ter acesso a:

     i) Estratégias e práticas diferenciadas que possibilitam aprendizagens enriquecidas

    ii) Um modelo organizativo e funcional que potencia práticas educativas inclusivas, apresentado

     iii) Abordagens pedagógicas específicas para alunos com dislexia, em diferentes níveis de ensino, descritas

    iv) Dados sobre uma relação colaborativa no seio da comunidade educativa

    v) Experiências de diferenciação e inclusão bem-sucedidas

    vi) Resultados obtidos em contextos de investigação em linguagem

    vii) Descrição de atitudes e contributos significativos da família

    Sumário Editorial José Luís Gonçalves Artigos S&E

    Estratégias de aprendizagem na inclusão de alunos com deficiência visual no desenvolvimento cognitivo da matemática Carlos H. Barroqueiro, Márcia Barroqueiro, Rosa A. Dias     12-21

    Boas práticas na implementação de Sistemas Aumentativos e Alternativos de Comunicação nas Unidades de Apoio Especializado para a educação de alunos com Multideficiência em Portugal continental: uma exigência por cumprir? Adriana Moreira, Karine Silva, Mariely Lima     22-35

    Construção de um território inclusivo na Região Centro de Portugal: do diagnóstico às estratégias de intervenção na educação especial Liliana Paredes, Mafalda Frias, Luís Alcoforado, Marcelino Pereira, A. M. Rochette Cordeiro 36-47

    Os jogos de (e com) palavras como resposta educativa a crianças com dislexia: algumas propostas Catarina Mangas 48-57

    Dislexia no Ensino Secundário/Superior:Avaliação, Intervenção e Reeducação Pedagógica Marisa Silva, Helena Serra 58-69

    Práticas de colaboração para inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais nas escolas portuguesas : Perceções de professores e Equipa técnico pedagógica Raquel Batista de Oliveira, Maria da Graça Amaro Bidarra, Maria Piedade Vaz-Rebelo 70-79

    Diversidades do aprender na escola nova de A. Faria de Vasconcellos, pioneiro da educação do futuro Raquel Batista de Oliveira, Maria da Graça Amaro Bidarra, Maria Piedade Vaz-Rebelo 80-89

    Sobre ombros de gigantes: uma visão contextualizada da ciência pelos alunos do Ensino Fundamental II Bertholdo Mauricio Costa, Barbara Celestino Schwartz, Marcelo Dumont 90-99

    Aprendizagem Linguística e Processos Mnésicos:Contributos para a validação da Prova de Avaliação da Memória e Compreensão Verbal (PAMCV) Rosa Maria Lima, Ana Mafalda Lopes 100-111

    Atitudes dos pais em relação à inclusão: Contributos de um estudo quantitativo Paulo C. Dias, Ana Rita Leal, Pedro Flores, Julian Diáz 112-121

    Envolvimento participativo de famílias no processo de apoio em Intervenção Precoce na Infância Marisa Alexandra Maia Machado, Paula Ângela Coelho Henriques dos Santos, Marilyn Espe-Sherwindt 122-137

    Crianças Sobredotadas, Posição da familia e comunidade no plano educativo Zenita Guenther 138-151

    Variæ Violência Conjugal: Crenças de Atuais e Futuros Profissionais, Implicados na sua Reposta e Prevenção – Direito, Saúde e Educação 

    Paula Cristina Cabral, Francisco Javier Rodríguez-Díaz 152-167

    Bioética e promoção da saúde docente na educação superior: uma interface necessária

    Ivani Nadir Carlotto, Maria Alzira Pimenta Dinis 168-179

  • Desafios contemporâneos da Educação Social na América Latina e na Europa: diálogos entre prática e teoria
    Vol. 22 (2017)

    O campo conceptual, metodológico e jurídico da Educação Social enfrenta desafios diferenciados na Europa e na América Latina. Se, no seio dos países europeus, se constata já uma crescente pesquisa sobre a especificidade da intervenção do Educador Social e uma tendência para harmonizar o seu reconhecimento legal e a sua formação profissional, ainda não se pode falar numa real convergência terminológica ou conceptual, designadamente pela indefinição persistente quanto ao que se entende por Educação Social, Pedagogia Social e Trabalho Social. Na América Latina, por sua vez, o campo conceptual e legal-jurídico da Educação Social, que ainda está em processo de constituição, considera a existência de inúmeras e diferentes práticas como contributos para a definição de sua legislação específica. 

    Na ausência de uma interpretação unívoca sobre o corpus teórico, a formação, a identidade e o estatuto profissional do Educador Social, uma das características atuais da Educação Social na América Latina diz respeito ao trabalho que favoreça e facilite o convívio social, buscando a garantia de direitos para todos, uma vez que a Educação Social se refere aos processos educacionais estatais e coletivos que acontecem fora do âmbito da família e da escola, com destaque para aqueles cidadãos que vivenciam situações de risco e/ou conflito ou carência social. Na Europa, a complexificação das sociedades e a existência de sistemas de proteção social, aliados à mudança do conceito de educação, rompem com o caráter assistencialista ou de urgência da intervenção para privilegiar a formação pessoal e cívicas do cidadão, característica da Educação Social.

    Neste pressuposto, esta dimensão da Educação Social pode ser trabalhada em múltiplos contextos, nos quais o compromisso com problemáticas que são importantes para um determinado grupo é considerado ponto fundamental para o desenvolvimento do trabalho educacional no campo da educação não formal. Para a discussão proposta neste dossiê, a revista Saber & Educar, na sua edição do primeiro semestre de 2017, chama a atenção para as múltiplas relações que estabelecem, entre si, a Pedagogia Social e o campo da educação não formal, na diversidade de respostas socioeducativas dadas às problemáticas específicas de cada diferente lugar. O que se propõe é um diálogo que busque apresentar e problematizar trajetórias construídas por teorias e práticas da Educação Social na Europa, que tem já um longo percurso de pesquisas e ações constituídas e em constante avaliação, com a criação e emergência desse campo na América Latina. Neste contexto, marcado por uma forte relação com a educação popular, com os movimentos sociais, busca-se, neste momento, maior compreensão sobre quais os processos relacionados com a regulamentação da profissão e a formação dos educadores sociais no Brasil e em outros países latino-americanos.

    Sumário Editorial

    Desafios contemporâneos da Educação Social na América Latina e na Europa: diálogos entre prática e teoria José Luís Gonçalves, Juliana Pedreschi Rodrigues, Valéria Aroeira Garcia 8-13

    Artigos 

    Panorama da Educação social no Brasil: o papel e importância da militância e das associações de educadores socais. Juliana Pedreschi Rodrigues, Valéria Aroeira Garcia 14-22

    Social education from an european perspective. François Gillet 24-33

    Profesionalización y ámbitos profesionales de la Educación Social: formación en género desde la universidad Victoria Pérez-de-Guzmán, Encarna Bas-Peña, Juan Francisco Trujillo Herrera 34-43

    Desafios epistemológicos e metodologia de intervenção da pedagogia-educação social – reflexões numa zona de fronteira Rosanna Barros 44-53

    Dimensão Relacional na Educação Social: contribuições da psicanálise para a sua compreensão e manejo Patrícia Junqueira Grandino  54-61

    Educação Social: caminhos percorridos, desafios e oportunidades contemporâneas. Aproximações entre Portugal e o Brasil Sílvia Azevedo, Fátima Correia, Érico Ribas Machado, Jacyara Silva de Paiva 62-71

    A luta por reconhecimento como processo educativo: Paisagem, Educação Ambiental, Educação Social Francisco Del Moral Hernandez 72-81

    A Regulação da educação social como profissão: uma análise aos processos da regulação da identidade e do estatuto socioprofissional do educador social em Portugal e no Brasil Henrique Pereira Ramalho 82-91

    Arte, lazer e juventude no contexto da educação social Iranilda Oliveira de Medeiros, Reinaldo Tadeu Boscolo Pacheco 92-103

    Variæ Caracterização da visão de mundo dos universitários: estudo comparativo entre uma universidade brasileira e portuguesa

    Rubia Salheb Fonseca, Amâncio Carvalho, Joaquim Escola, Armando Loureiro104-115

  • Estudos da Criança Caderno Colóquio sobre os 150 Anos de presença das Irmãs Doroteias em Portugal
    Vol. 21 (2016)

    O campo multidisciplinar dos Estudos da Criança desenvolveu-se muito significativamente a partir do início deste século. Ao colocar definitivamente na agenda da investigação com crianças temas como a da capacidade das crianças, enquanto sujeitos, para a produção cultural e da infância como categoria social constituída através de processos históricos em mudança acelerada, os Estudos da Criança têm vindo a permitir renovar o conhecimento, mas também as práticas sociais na intervenção e na educação junto dos mundos de vida social e cultural da infância.

    Do lado da renovação dos modos de construção do conhecimento, o aspeto mais relevante do contributo dos Estudos da Criança reside, precisamente, na conjunção multidisciplinar – e, em alguns casos mais sucedidos, interdisciplinar – de áreas de saber que, ocupando-se tradicionalmente das crianças e do período da infância, produziram as suas teorias, constructos e mesmo metodologias de forma distinta, promovendo como objeto conceções parciais e fragmentárias da criança: o corpo da criança e as suas dimensões biológicas, a mente da criança e seu desenvolvimento psicológico, a aprendizagem da criança e a sua condição de aluna, a criança reprodutora da cultura e das relações sociais dominantes, etc. A abordagem multidisciplinar da criança não constitui um simples efeito de abordagem sistémica, mas é desafiadora dos saberes tradicionalmente constituídos, estabelecendo novas relações, por exemplo entre corpo e mente, sociedade e cultura, singularidade e diferença, subjetivação e socialização. Essa abordagem é, portanto, produtora de novas agendas, problemáticas, áreas de conhecimento e perspetivas sobre as crianças, as suas vidas e os contextos de ação e de educação.

    EDITORIAL Estudos da Criança e Educação de Infância José Luís Gonçalves INVESTIGADORES CONVIDADOS

    Promoting narratives of children's daily life in educational interactions Claudio Baraldi 10-29

    Institucionalização da infância: a guerra dos botões brincada por meio de regras institucionalizantes Valéria Aroeira Garcia, Juliana Pedreschi Rodrigues, Janaina Carrasco Castilho 30-39

    ARTIGOS

    Aprender a escutar crianças: um dispositivo de formação Maria Inez da Silva de Souza Carvalho, Mônica Sâmia 40-49

    A gestão do tempo nos tempos educativos do 1º ciclo do ensino básico António José Pescada dos Santos 50-65

    A atenção à experiência interna da criança e estilo do adulto - contributo das escalas de empenhamento para a melhoria das práticas pedagógicas em educação de infância Gabriela Portugal, Helena Luís 66-75

    A educação em mudança no século XXI: Ecos de Ciências na Educação Contemporânea para a 1ª Infância Cristina Cruz Mateus, Dulce Noronha Sousa 76-85

    As crianças negras vistas pela sociologia da infância no brasil: uma revisão de literatura Míghian Danae Ferreira Nunes, Lajara Janaina Lopes Corrêa 86-97

    "Quem educa as crianças?" Processos educativos intrageracionais num bairro periférico de Maputo Elena Colonna 98-107

    A participação dos bebês e das crianças bem pequenas e a prática da docência no contexto da educação infantil Altino José Martins Filho, Ana Cristina Coll Delgado 108-117

    Brincar com a geometria na educação pré-escolar Filipa Balinha, Ema Mamede 118-129

    CADERNO

    “Educar bem é transformar o mundo…” Colóquio sobre os 150 Anos de presença das Irmãs Doroteias em Portugal

    José Luís Gonçalves, Manuela Mendonça 130-131

    Educar é transformar o mundo Irmã Maria da Conceição Oliveira 132-135

    Paula Frassinetti: Uma Mulher No Seu Tempo. Uma Jovem Entre Jovens. Intuição e Resposta. Irmã Maria do Socorro Lopes Souza 136-137

    A Península Itálica no século XIX Maria Manuela Tavares Ribeiro

    Educação e Assistência em Portugal: ritmos e evolução 138-147 Maria de Fátima Reis 148-155

    Doroteias: uma resposta? (1866-1910) Irmã Diana Barbosa 156-167

    A congregação das Irmãs Doroteias em tempo de mudança: tradição e modernidade Sérgio Campos Matos 168-177

    Diáspora e Regresso. As Doroteias no mundo português Manuela Mendonça 178-189

    Constantes no processo histórico das Doroteias… vertentes atuais do trabalho, linhas que não quebram! Irmã Maria Lúcia Ferreira Soares 190-197

    Contemporaneidade e Missão José Luís Gonçalves 198-209

  • Perspetivas didáticas e metodológicas no Ensino Básico
    Vol. 20 (2015)

    A reflexão e o conhecimento científico fundamentados em contextos de aprendizagem/ensino e produzidos no âmbito das didáticas disciplinares específicas – incidindo sobre a natureza do saber próprio destas disciplinas, sobre os seus objetivos, métodos e conteúdos, bem como sobre dinâmicas dos seus processos de aprendizagem/ensino ou sobre a sua avaliação, por exemplo –, representam um papel central na (re)construção profissional do docente da Educação Básica, com reflexos evidentes nas aprendizagens dos alunos e, por consequência, na melhoria da qualidade da Escola. Privilegiando uma sólida relação teoria/prática e sustentado em critérios de rigor científico e metodológico que permitem distinguir, tão objetivamente quanto possível, práticas eficazes de outras menos conseguidas, o corpus de conhecimento disponibilizado pelas didáticas específicas apresenta-se como um domínio de conhecimento profissional imprescindível à praxis de um professor crítico, inovador e criativo.

    Sumário Editorial Perspetivas Didáticas e Metodológicas no Ensino Básico José Luís Gonçalves 6-9 Investigadores Convidados

    La formación inicial del profesorado español de Educación Primaria en educación lingüística José Manuel Vez 10-23

    EFFE-On – Corpus Online de Escrita e Fala Isabel Alves, Patrícia Costa, Maria do Carmo Lourenço-Gomes, Celeste Rodrigues 24-33

    Práticas didático-pedagógicas de ciências: Estratégias de ensino / aprendizagem promotoras do pensamento crítico Rui Marques Vieira, Celina Tenreiro-Vieira 34-41

    Investigações matemáticas: aprender matemática com compreensão Manuel Vara Pires 42-51

    Jogo e arte contemporânea: estratégias didáticas lúdicas para educação artística Cristina Varela, Begoña Paz García 52-61

    Cidadania ativa, arte contemporânea e educação intercultural: um estudo de caso na formação de professores Anabela Moura, Teresa Gonçalves 62-71

    Precocidade intelectual na fase pré-escolar: Identificando Sinais de Talento Acadêmico na Educação Infantil Zenita C. Guenther, André de Aguiar Braga, Josiane Carvalho 72-83

    Artigos

    Literacia emergente e passagem da educação pré-escolar para o 1º ciclo do ensino básico Cristina Manuela Sá 84-95

    A abordagem à linguagem escrita na etapa final da educação pré-escolar: um estudo localizado Maria Helena Martins da Cruz Horta 96-107

    Arte d’escrita: aprendizagem da escrita em contexto multilingue Ágata Pereira, Carolina Gonçalves 108-117

    Ensino da ortografia e pontuação e sua avaliação Cristina Manuela Sá 118-125

    Let’s talk, shall we? – a oralidade no ensino do inglês em Portugal Cláudia Susana Martins, Maria Nazaré Cardoso 138-159

    Explorando padrões no 6.º ano do ensino básico Ema Mamede, Joana Silva 160-173

    Análise Ontossemiótica de processos de instrução matemática - um exemplo no Ensino Básico Isabel Cláudia Nogueira, Teresa Fernández Blanco, Dolores Rodríguez Vivero 174-187

    Desenvolvendo competências investigativas em Estudo do Meio no 1.º CEB: abordagens a partir da didática da História e da Geografia Alfredo Gomes Dias, Maria João Hortas 188-201

    As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investigativo e interdisciplinar em ciências no 1.º ciclo Marisa Correia, Diana Dias 202-213

    Educar para a cidadania ativa, o papel da integração curricular Josélia Ribeiro Fonseca 214-223

    O trabalho de grupo como fator potenciador da integração curricular no 1.º ciclo do ensino básico Cândida Pereira, Ana Paula Cardoso, João Rocha 224-233

    Formação inicial de docentes – componente base da formação docente Alcina Maria da Silva Mota Figueiroa 234-243

    Supervisão pedagógica em contexto de formação inicial de professores do 1º CEB: uma análise focada nos relatórios de estágio Pedro Ferreira, Preciosa Fernandes 244-253

    Sinuosidades da formação pedagógica e didática dos professores: entre a cultura da performatividade de feição técnico implementalista e o desafio da formação investigativo reflexiva Henrique Pereira Ramalho 254-263

    O Latim como facilitador de aprendizagens transversais no Ensino Básico: uma proposta concreta de aproximação nas aulas de Português do 1º Ciclo Ana Ferreira 126-137

  • Educação e Trabalho Social
    Vol. 19 (2014)

    Se é verdade que as sociedades contemporâneas já interiorizaram uma visão estratégica da educação como um conjunto estruturado de oportunidades de aprendizagem de cada sujeito quanto ao direito de realização da sua humanidade no interior de comunidades concretas, encarar a educação como praxis antropológica de alcance social pressupõe que o trabalho social seja concebido a partir do desenvolvimento humano, não obstante as incertezas sociais, as pressões das políticas públicas e a heterogeneidade de práticas de intervenção em que este mesmo trabalho social frequentemente se move.

    O tema agregador do n.º 19 da Revista Saber & Educar pretende dar destaque à articulação que entretêm entre si “Educação” e “Trabalho Social” nos mais diversos campos disciplinares, científicos e formativos em que esta se pode traduzir, e que podem ir desde educação e formação de adultos à educação social, da pedagogia escolar à social, da intervenção socioeducativa ao desenvolvimento comunitário, entre outros.

    Rejeitando, desde logo, as muitas dicotomias epistemológicas, conceptuais, metodológicas, e outras a que esta relação educação-trabalho social se encontra frequentemente amarrada, para alcançar o objetivo a que este número da revista se propõe, importará, por um lado, revisitar os conceitos de educação e de trabalho social e, por outro lado, descobrir nos múltiplos projetos de educação e de trabalho social significativas interseções teórico-práticas que permitirão descobrir e redesenhar novas configurações do humano no espaço comum habitado. Convidam-se os investigadores a apresentarem especialmente pesquisas em projetos e processos de intervenção dos quais se tenham obtido resultados empíricos significativos para o tema agregador.

    Sumário Editorial Educação e Trabalho Social

    José Luís Gonçalves 6-9

    Artigos 

    Violence prevention in schools: Resilience promotion in the framework of a European practice research project Katharina Rauh, Klaus Fröhlich-Gildhoff 10-23

    Research circles: A method for the development of knowledge and the creation of change in practice Sara Högdin, Cecilia Kjellman 24-37

    A Educação Não Formal na Prevenção dos Problemas Ligados ao Álcool Tatiana Nunes, Diogo Teixeira, Filipa Coelhoso 38-47   Educação e Trabalho Social: reivindicações, limitações e indefinições Ana Maria Vieira 48-61

    Os contributos do teatro na educação de adolescentes Marta Graça, Manuela Gonçalves 62-73

    A Educação para a Alimentação e as Práticas Alimentares de Jovens que Frequentam os 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico Sofia R. S. Fernandes, Raquel P. F. Guiné, Ana Paula Cardoso, José Luís Abrantes, Manuela Ferreira 74-85

    Projeto Casa Amarela: uma experiência de educação inclusiva e trabalho social Mára Beatriz Pucci de Mattos 86-95   Entrevistar crianças/jovens: relato de uma experiência em contexto hospitalar Carla Hiolanda Ferreira Esteves 96-105

    Crianças, Brincar, Culturas da Infância e Cultura Lúdica: uma análise dos estudos da infância Clara Medeiros Veiga Ramires Monteiro, Ana Cristina Coll Delgado 106-115

    Territorialidades Educadoras na Construção de Velhices com Qualidade Marcia Regina Medeiros Veiga, António Manuel Rochette Cordeiro, Sónia Cristina Mairos Ferreira 116-127

    Dificultades de los menores en protección ante la superación de etapas escolares y la emancipación Xosé Manuel Cid, Deibe Simo 128-137

  • Alargamento de domínios de habilitação para a docência: Que balanço?
    Vol. 18 (2013)

    Com o Decreto-lei n.º 43/2007 foi promovido o alargamento dos domínios de habilitação do docente generalista que passam a incluir a habilitação conjunta para a educação pré-escolar e para o 1ºCiclo do Ensino Básico (CEB) ou a habilitação conjunta para os 1º e 2º CEB. Na delimitação dos domínios de habilitação para a docência privilegia-se uma maior abrangência de níveis e ciclos de ensino tornando possível a mobilidade dos docentes entre os mesmos. Deste modo, é organizada uma formação na área da docência onde o 1º CEB é entendido como charneira de um processo que vai do pré-escolar ao 2º CEB, com os professores a concluírem a sua formação inicial com o grau de mestre. Embora este modelo de formação seja relativamente recente, poderá ter chegado o momento para instituições formadoras e empregadoras procederem a um primeiro balanço investigativo sobre o impacto desta orientação de política educativa:
     - Em que domínios são já evidentes as vantagens desta lógica formativa? Quem beneficia deste novo percurso formativo: os educandos, a instituição, os encarregados de educação, as políticas ministeriais…?
    - Que incongruências, desequilíbrios ou insuficiências podem ser apontados, numa perspetiva de melhoria da formação de professores, na ótica do currículo?
    - Está salvaguardada uma formação de qualidade na prática pedagógica dos futuros professores, isto é, na articulação sempre sensível e instável entre a teoria e a prática?
    - O atual percurso da formação de professores destes ciclos de ensino responde afirmativamente às exigências de uma geração de educandos nascidos no seio da sociedade da informação e do conhecimento?
    - Em que medida este modelo formativo – licenciatura + mestrado - salvaguarda uma maior ligação entre formação e mercado de trabalho (educacional)?
    - Existe, como se constante na opinião publicitada, um excesso de oferta na área da docência ou, pelo contrário, ainda há margem para fomentar uma maior procura social da educação e, como tal, promover novas competências de formação nos futuros profissionais?
    Outras problemáticas podem e devem ser levantadas num primeiro balanço que este número 18 da Revista Saber & Educar deseja proporcionar ao desafiar a comunidade dos investigadores e dos profissionais a apresentarem estudos que contribuam positivamente para a melhoria do percurso formativo agora em vigor. Editorial  

    José Luís Gonçalves 6-9

    Artigos Os plans de estudos de formación inicial do profesorado no marco do EEES. ¿Que hai de novo? María Montserrat Castro Rodríguez 10-21

    A Formação inicial de professores no âmbito do Processo de Bolonha: o caso da formação de professores de educação visual e tecnológica Ana Souto Melo, Maria Branco 22-35

    A atual formação de professores no contexto do paradigma inclusivo: algumas constatações Maria Celeste de Sousa Lopes 36-45

    “Bolonha” enquanto modelo formativo hegemonicamente estruturado para a fabricação de professores: a profissionalidade docente entre o movimento tecnocrata europeísta e o estatismo reterritorializado Henrique Pereira Ramalho 46-59

    Problematizar a educação: um testemunho na construção da profissionalidade Ana Luísa de Oliveira Ferreira, Ana Catarina Assunção 60-67   VARIAE   Vinculação entre qualidade da educação, ideb e renda domiciliar: reflexões acerca das escolas da rede municipal de Montes Claros - MG Lenoir Santos Luciana, Maria da Luz Alves Ferreira 68–81

    Abordar a diversidade linguística no 1º ciclo: ideias das crianças Daniela Coelho, Gorete Ribeiro 82–93

    Efeitos da intervenção social cognitiva para a melhoria da competência social e do sucesso escolar em alunos de escola primária inglesa: estudo de caso Debora Walfrid Elijah, José Milton Madeira 94–105

    Metátese na linguagem infantil: “porfessora” é bom, “professora” é melhor Rosa M. Lima 106–115
  • Educação em tempo de crise
    Vol. 17 (2012)

    Editorial Educação em tempo de crise Adalberto Dias de Carvalho 5-7 Caderno Temático Opinião Michel Maffesoli, António Murta, João Tomé Saraiva 8-9 Artigos As crises da educação e formação de adultos em Portugal Antónia Távora, Henrique Vaz, Joaquim Coimbra 28-40

    O perfil do professor no contexto de crise económica e no quadro da sociedade da informação e comunicação Fernando Carrapiço, Francisco P. Rodríguez Miranda 52-61

    What is wrong? Governance in education and educational policies in times of crisis Tudor Stanciu 22-27   Reflexión pedagógica: crisis y razón de la práctica docente como ejercicio crítico María Jesús Vitón de Antonio 10-20   Educar para os direitos culturais e linguísticos Cláudia Marques, Filomena Martins 42-51

    A acessibilidade como a palavra-chave para o acesso à educação: um projeto de formação contínua de professores Ariana Cosme, Raquel Rodrigues Monteiro, Vânia Cosme 62-71

    A profissão docente presa na armadilha da crise: a avaliação dos professores contemporizada no jugo da crise ou uma alternativa para a sua mitigação Henrique Manuel Pereira Ramalho 72-81

  • Processo de ensino-aprendizagem e de formação de profissionais de educação
    Vol. 16 (2011)

    Este número especial da Revista Saber & Educar é integralmente dedicado à problematização e à dilematização enquanto metodologias aplicadas ao processo de ensino-aprendizagem e de formação de profissionais de educação.

    Editorial 

    Adalberto Dias de Carvalho

    Problematização e dilematização enquanto referenciais metodológicos da formação de educadores Adalberto Dias de Carvalho 8-16

    O que é problematizar? Géneses de um paradigma Michel Fabre 18-29 A formação de estudantes de educação social para a ética prática: alguns desafios François Gillet 30-37

    Indutores de problematização aplicados a uma aula de antropologia e dilema moral emergente José Luís Gonçalves 38-47

    Problematização e conceptualização em ciências e nas aprendizagens científicas Christian Orange 48-63
  • Caderno Educação Especial (20 anos na esepf) // Caderno Criança, Sujeito de Direitos
    Vol. 15 (2010)

    Sumário Artigos

    A Sexualidade na Deficiência Mental Paula Alexandra Camelo Almeida

    Criança, Sujeito de Direitos: A Infância que se ergue: breve fundamentação Joana Cavalcanti, Daniela Gonçalves, Gabriela Trevisan, José Luís Gonçalves, Maria Cristina Vieira Silva

    Dinâmicas de Reconhecimento da Criança, sujeito de direitos José Luís Gonçalves

    O Direito à Língua – a diversidade linguística na Escola Maria Cristina Vieira Silva

    Perspectivas actuais da Educação Intercultural na promoção de uma escola Inclusiva Ana Sofia Ribeiro, Joana Cavalcanti, Mário Cruz

    A Po(ética) da Infância e a Formação para os Valores Joana Cavalcanti

    (Re)Inventar um Espaço Reflexivo Daniela Gonçalves

    A redescoberta da Infância e da Criança Gabriela Trevisan

    Sobredotação e Arte:Factores Influentes na Expressão Plástica de Alunos Sobredotados Marcela de Sá Rios Pinho

    Software Plaphoons na comunicação de indivíduo com paralisia cerebral Miguel Maia, Mário Cruz

    Tecnologias para a Educação: A mesa educacional E-Blocks no processo de ensino e aprendizagem de uma criança com Trissomia 21 Sofia Isabel Lopes, Mário Cruz

    Variæ

    A literatura infanto-juvenil como “suporte” na formação didática de professores de língua materna: uma reflexão teórico-metodológica a partir do texto de Elias José, em Uma escola assim, eu quero pra mim Maria Lúcia Ribeiro de Oliveira

    Alternative Assessment Dulce Porto Rodrigues

    Dialogicidade da Educação: Possibilidade de Intervenção Consciente da Realidade Shalimar Michele Silva

    A linguagem não-verbal no espaço escolar Norma Suely Azevedo

    Propostas de Actividades ESEPF 
  • 01 Caderno Ensino de Línguas na Educação Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico; 02 Caderno Luso-Brasileiro; ; 03 Caderno Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
    Vol. 14 (2009)

    01 Caderno Ensino de Línguas na Educação Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico

    02 Caderno Luso-Brasileiro

    03 Caderno Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores

    O Tema da Cidadania Adriano Moreira   A Música mesmo no meio da Escola Mário Azevedo   A Arte de e para superar a Vida Ana Paula Gomes   A Aula de Matemática como Espaço Promotor de Autonomia Isabel Cláudia Nogueira   A Utopia da Paz Universal Daniel Serrão   Ainda não é o fim… (Da disciplina às disciplinas, com recordações e vidros foscos pelo meio) Luis Miguel Duarte   Contacto entre línguas, a cultura crioula/ caboverdiana na escrita em Português Rute Perdigão   Contextos e Práticas – A experimentação acompanha o Currículo Margarida Quinta e Costa   Da democratização da Cultura a um conceito e prática alternativos de Democracia Cultural João Miguel Teixeira Lopes   De hello ao hallo – uma abordagem intercultural e plurilingual no ensino precoce de línguas estrangeiras Sandra Antunes, Sílvia Teixeira, Mário Cruz   Por uma Didáctica de Línguas Estrangeiras no 1º Ciclo do Ensino Básico Mário Cruz, Gorete Ribeiro   Educar para a Diversidade Linguística: Resultados do Projecto JA-LING em Portugal Ana Isabel Andrade, Filomena Martins   Edu-LE: English teaching in Madeira (students from 3 to 12 years old) Carla Ferreira, Paula Freitas, Renato Carvalho   O Ensino Precoce de Língua Estrangeira e a Literatura para a Infância: diálogo de encantamento Carla Barreira, Joana Cavalcanti   Educação Especial, Estigma ou Diferença? Helena Serra   A interpretação do erro e a consciência metalinguística - um estudo com alunos de origem cabo-verdiana Nélia Silva   Interpretações do mundo e multiculturalismo: incomensurabilidade e diálogo entre culturas João Maria André   Intervenção comunitária e inclusão social: o educador e os actores Gabriela Trevisan   Intervenção Comunitária e Práticas de Inclusão Xosé Cid Fernández   La méthode naturelle à l’école maternelle / O método natural na escola pré-primária Bruno Klein   The Role of Linguistic Routines in Early Foreign Language Learning Michele Daloiso   Literatura Infantil: Raízes e Definições Olga Maia Fontes   O Papel da Transferência na Aprendizagem de Línguas Estrangeiras no 1º Ciclo do Ensino Básico Gorete Ribeiro   Paradigmas da Inclusão no Contexto Mundial Helena Serra   Paralisia cerebral e dificuldades de comunicação: uma proposta de actividade com recurso a tecnologias de apoio Mário Rui Cruz   Perspectiva histórica do ensino da pessoa surda: o Instituto Araújo Porto Maximina Girão   Práticas de sensibilização à diversidade linguística e cultural nos primeiros anos de escolaridade: reflexões a partir da sala de aula Susana Sá, Ana Isabel Andrade   Práticas de sensibilização à diversidade linguística: que contributos no desenvolvimento e na formação dos professores? Sílvia Gomes, Ana Isabel Andrade   Por um processo de ensino-aprendizagem bilingue no 1º CEB Mário Rui Cruz, Paula Medeiros   “Surprised!” Telling the pictures. Can the illustrations in picture books promote language acquisition? Sandie Mourão   As Tecnologias de Informação e Comunicação na promoção da competência comunicativa intercultural e plurilingue Marisa Marcelo, Paulo Silva, Mário Cruz   A Aula de Matemática como Espaço Promotor de Autonomia Isabel Cláudia Nogueira   A Criança Hiperativa: o olhar da inclusão Reginete Cavalcanti, Murilo Duarte Costa Lima
  • Revista Saber(e)Educar nº13(2008)
    Vol. 13 (2008)

    Consultar Artigos Revista Saber(e)Educar nº13(2008)

    Diálogos intra sintácticos: o discurso escrito-visual

    El aprendizage basado en competencias en la formación musical de educadores de infantil

    Criação de um Gabinete Dificuldades Específicas de Aprendizagem na Escola : objectivos, metodologia, resultados e conclusões

    Escola : um trampolim para a resiliência onde a adversidade é a deficiência

    Utopia do corpo perfeito e bioética

    Projecto Rodentia : etologia aplicada na sala de aula do 1º Ciclo

    Impacte do processo de reorganização curricular do ensino básico na área das ciências físicas e naturais e na relação do professor com o trabalho curricular

    Diversidade linguística e desenvolvimento sustentável : educar para viver com mais sabedoria uns com os outros no Planeta e com o Planeta

    Ser leitor no século XXI : importância da compreensão na leitura para o exercício pleno de uma cidadania responsável e activa

    Avaliar a leitura: a leitura na avaliação no 1º Ciclo do ensino básico

    (Des)dramatizando a língua portuguesa no ensino básico

    Brinca brincando, vai-se lendo a sério...

    A aprendizagem estratégica e a geração playstation : o que está em jogo?

    Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional

    Formação de professores para a educação bilingue de surdos

    Alterações nos sons da fala : o domínio dos modelos fonéticos

    NEE dos alunos disléxicos e/ou sobredotados

    Expectativas e concretizações das ciências físicas e naturais

    Os saberes oriundos da escola e aqueles oriundos da cultura extra-escolar : hierarquia ou complementaridade

    O valor do conhecimento gramatical no ensino-aprendizagem da língua

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