Arte na educação infantil
mediação, vivência e sensibilidade
DOI:
https://doi.org/10.25767/se.v33i.38019Palavras-chave:
Arte. Creche. Prática Pedagógica. Formação docenteResumo
Este artigo apresenta o relato de experiência sobre práticas artísticas desenvolvidas com crianças de três (3) a quatro (4) anos em uma creche municipal de Santo André/SP, cujo objetivo central é refletir sobre abordagens artísticas que transcendem a reprodução mecânica, promovendo vivências significativas e enriquecedoras para as crianças. Discute-se a importância da arte nos processos de desenvolvimento e aprendizagem infantil, ressaltando seu papel na promoção da curiosidade, criatividade, sensibilidade e pensamento crítico. O relato compartilha práticas realizadas com as crianças, englobando a exploração e criação a partir de diferentes materialidades e suportes, a apreciação das produções artísticas e atividades relacionadas à temática indígena. Enfatiza-se também experiências em áreas externas e em contato com a natureza. O estudo dialoga com referências teóricas da área da infância e da arte. Os resultados indicam maior envolvimento e participação dos(as) infantes nessas atividades, bem como mudanças comportamentais, como maior respeito e cuidado com as produções dos(as) colegas. A organização dos ambientes e das propostas são essenciais para garantir que as vivências artísticas sejam integradas de maneira holística na rotina da creche, contribuindo para uma aprendizagem que valorize e potencialize todas as dimensões do desenvolvimento infantil. Assim, evidencia-se que a criação de ambientes favoráveis à exploração e expressão artística demanda a presença de educadores(as) sensíveis e capacitados(as), cuja própria formação estética deve ser priorizada. Portanto, conclui-se que práticas artísticas bem estruturadas têm um impacto profundo e multifacetado no desenvolvimento integral das crianças. Essas práticas não apenas estimulam a inventividade e a expressão pessoal, mas também promovem habilidades sociais, cognitivas e emocionais. Dessa forma, torna-se evidente a importância de investir na formação contínua de educadores(as), capacitando-os(as) como mediadores(as) eficazes de experiências como as apresentadas nesse artigo.
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