Vol. 18 (2013): Alargamento de domínios de habilitação para a docência: Que balanço?

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Com o Decreto-lei n.º 43/2007 foi promovido o alargamento dos domínios de habilitação do docente generalista que passam a incluir a habilitação conjunta para a educação pré-escolar e para o 1ºCiclo do Ensino Básico (CEB) ou a habilitação conjunta para os 1º e 2º CEB. Na delimitação dos domínios de habilitação para a docência privilegia-se uma maior abrangência de níveis e ciclos de ensino tornando possível a mobilidade dos docentes entre os mesmos. Deste modo, é organizada uma formação na área da docência onde o 1º CEB é entendido como charneira de um processo que vai do pré-escolar ao 2º CEB, com os professores a concluírem a sua formação inicial com o grau de mestre. Embora este modelo de formação seja relativamente recente, poderá ter chegado o momento para instituições formadoras e empregadoras procederem a um primeiro balanço investigativo sobre o impacto desta orientação de política educativa:
 - Em que domínios são já evidentes as vantagens desta lógica formativa? Quem beneficia deste novo percurso formativo: os educandos, a instituição, os encarregados de educação, as políticas ministeriais…?
- Que incongruências, desequilíbrios ou insuficiências podem ser apontados, numa perspetiva de melhoria da formação de professores, na ótica do currículo?
- Está salvaguardada uma formação de qualidade na prática pedagógica dos futuros professores, isto é, na articulação sempre sensível e instável entre a teoria e a prática?
- O atual percurso da formação de professores destes ciclos de ensino responde afirmativamente às exigências de uma geração de educandos nascidos no seio da sociedade da informação e do conhecimento?
- Em que medida este modelo formativo – licenciatura + mestrado - salvaguarda uma maior ligação entre formação e mercado de trabalho (educacional)?
- Existe, como se constante na opinião publicitada, um excesso de oferta na área da docência ou, pelo contrário, ainda há margem para fomentar uma maior procura social da educação e, como tal, promover novas competências de formação nos futuros profissionais?
Outras problemáticas podem e devem ser levantadas num primeiro balanço que este número 18 da Revista Saber & Educar deseja proporcionar ao desafiar a comunidade dos investigadores e dos profissionais a apresentarem estudos que contribuam positivamente para a melhoria do percurso formativo agora em vigor. Editorial  

José Luís Gonçalves 6-9

Artigos Os plans de estudos de formación inicial do profesorado no marco do EEES. ¿Que hai de novo? María Montserrat Castro Rodríguez 10-21

A Formação inicial de professores no âmbito do Processo de Bolonha: o caso da formação de professores de educação visual e tecnológica Ana Souto Melo, Maria Branco 22-35

A atual formação de professores no contexto do paradigma inclusivo: algumas constatações Maria Celeste de Sousa Lopes 36-45

“Bolonha” enquanto modelo formativo hegemonicamente estruturado para a fabricação de professores: a profissionalidade docente entre o movimento tecnocrata europeísta e o estatismo reterritorializado Henrique Pereira Ramalho 46-59

Problematizar a educação: um testemunho na construção da profissionalidade Ana Luísa de Oliveira Ferreira, Ana Catarina Assunção 60-67   VARIAE   Vinculação entre qualidade da educação, ideb e renda domiciliar: reflexões acerca das escolas da rede municipal de Montes Claros - MG Lenoir Santos Luciana, Maria da Luz Alves Ferreira 68–81

Abordar a diversidade linguística no 1º ciclo: ideias das crianças Daniela Coelho, Gorete Ribeiro 82–93

Efeitos da intervenção social cognitiva para a melhoria da competência social e do sucesso escolar em alunos de escola primária inglesa: estudo de caso Debora Walfrid Elijah, José Milton Madeira 94–105

Metátese na linguagem infantil: “porfessora” é bom, “professora” é melhor Rosa M. Lima 106–115
Publicado: 2024-10-21

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