Archivos
-
Caderno Temático Ensinar e aprender História no século XXI – desafios e potencialidades
Vol. 33 (2024)S&E 33(2024)
Caderno Temático Ensinar e aprender História no século XXI – desafios e potencialidades
Indo ao encontro daquilo que autores clássicos da epistemologia da História como Michel de Certeau ou Henry Marrou mostraram, a abordagem da História no Ensino Básico e Secundário, pela sua dimensão humanista por excelência, pode e deve ser perspetivada como uma oportunidade para os alunos sentirem e viverem a experiência do Outro. A importância de aprender História não se
fica, contudo, por aqui. Benedetto Croce escreveu que “toda a historiografia é história contemporânea”, esclarecendo Fernando Catroga que isso ocorre “não pelo facto de a História ter como objecto o ‘tempo presente’, mas devido à circunstância de ser o ‘presente’ o foco das retrospetivas, incluindo aquele que ainda não há muito era só futuro” (Catroga, O valor epistemológico da História da História, 2010, p. 39).
Estes pressupostos epistemológicos ajudaram a sustentar a ideia de que estas perspetivas não podem, nem devem, ser esquecidas e/ou dissociadas quando se procede à transposição didática do
saber histórico na sala de aula. Sublinha-se, assim, a importância da História como um instrumento fundamental na construção do futuro dos jovens, conscientes de que qualquer intervenção simplista e intuitiva, feita à margem da reflexão epistemológica, mais do que promover a compreensão histórica e a compreensão da Alteridade, podem redundar em abordagens que transportam consigo imponderabilidades e eventualmente podem provocar generalizações caricaturais.
O ensino e a aprendizagem da História contribuem para a formação de uma cidadania ativa e responsável, permitindo que, através de estratégias pedagógicas pensadas, planificadas e não casuísticas, o aluno possa compreender o mundo em que vive e descentrar-se do seu ponto de vista para analisar criticamente as diferentes visões do problema, ajudando-o com isso a ultrapassar juízos de critérios unidirecionais.Organização do Caderno Temático
Isilda Monteiro, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
(Portugal). -
Caderno temático Intervenção Comunitária
Vol. 32 Núm. 2 (2023)A intervenção comunitária, enquanto ação que visa uma mudança social planeada, fruto das necessidades identificadas ou sentidas por uma população local e enfrentadas com a sua participação, conheceu significativos avanços nos últimos anos, não só ao nível das suas teorias fundacionais, filosofias de ação ou modelos de intervenção preconizados, mas também ao nível das metodologias, estratégias e/ou técnicas implementadas. A melhoria das condições de vida e de convivência de uma dada comunidade configura um campo de ação e de reflexão de natureza transdisciplinar e multiprofissional que, não podendo prescindir de recursos humanos e materiais e de uma determinada rede de parcerias, mobiliza a própria comunidade enquanto protagonista do seu processo de emancipação e desenvolvimento coletivo. Ensaiando-se um percurso interrogativo, indaga-se:
· Que mudanças ocorreram, nos últimos anos, no mundo, que justificam a emergência de novas abordagens teóricas e práticas de intervenção comunitária?
· Que desafios epistemológicos enfrentam os agentes para (continuar) a articular teoria e prática na intervenção comunitária?
· Que (novas) metodologias, métodos e estratégias de intervenção merecem ser destacadas na contemporaneidade?
· Como articular, na intervenção comunitária, a tríade: comunidade, participação e desenvolvimento humano?
· Que relações têm vindo a destacar-se na intervenção comunitária entre o trabalho comunitário, as organizações sociais e o desenvolvimento local?
· Que (novas) competências são chamados e mobilizar os interventores sociais para enfrentar os desafios da realidade atual?
· Que características encerram as políticas públicas potenciadoras ou, pelo contrário, inibidoras do desenvolvimento comunitário?
Este caderno temático orienta-se para temas da intervenção comunitária numa perspetiva uni/inter/transdisciplinar (antropologia, psicologia, sociologia, educação/serviço social, entre outras), aplicados aos mais diversos âmbitos (escolar, social, cultural, económico, ambiental, da saúde, etc.), tendo em vista enfrentar desafios de inclusão, coesão e justiça social; de promoção da igualdade de género, de oportunidades de aprendizagem e de emprego; de participação cívica e política da comunidade; de reconhecimento e usufruto dos direitos humanos, entre outros desafios, com o objetivo de fazer face às necessidades dos mais variados sujeitos pessoais e coletivos.
-
Caderno Temático: Infância - Paz, sustentabilidade e inclusão
Vol. 32 Núm. 1 (2023)As discussões sobre o desenvolvimento sustentável, suscitado pelos 17 Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, assumem que as exigências do futuro ambiental do planeta estão associadas, também, à necessidade em superar as questões sociais que atingem as populações mundiais, como a erradicação da pobreza, a redução das desigualdades e a promoção dos Direitos Humanos. Neste âmbito, as políticas públicas para a comunidade educativa assumem-se como importantes eixos norteadores para articular as ações educativas em prol de um mundo mais sustentável, seja nos contextos regionais, nacionais ou internacionais.
No sentido de promover partilhas, aprendizagens e (trans)formações multitemáticas sobre a Educação de Infância, interligados com os objetivos para o desenvolvimento sustentável, realizou-se o II Congresso Internacional do OFEI, em que os/as educadores/as foram convidados a refletir, a escrever e a divulgar teorias e práticas educativas associadas à Cultura e Educação de Paz, à Sustentabilidade (associada a fatores económicos, sociais e ambientais) e à Inclusão em Educação de Infância.
Partilham-se quatro eixos estruturantes:
1. Educadores/as de Infância: desenvolvimento profissional e conhecimento da profissão;
2. Educação de Infância: entrelaçamentos com diferentes áreas do saber;
3. Qualidade em Educação de Infância: organizações, atores, espaços, tempos, contextos e interações;
4. Educação de Infância: desenvolvimento humano, consciência cívica e bem-estar.
Editores temáticos
Paula Pequito – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
Ana Luísa Ferreira – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
Ana Pinheiro – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti| CIPAF | INED | OFEI
Daniela Gonçalves – Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
Daniella Assemany – Universidade Federal do Rio de Janeiro | Grupo de Estudos e Pesquisas em Insubordinação Criativa
Elvira Sanchez – Asociación Mundial de Educadores Infantiles (AMEI-WAECE)
Maria Jesús Víton – Universidade Autónoma de Madrid -
CadernoTemático:100 anos de Paulo Freire: práticas, aprendizagens e pesquisas
Vol. 31 Núm. 2 (2022)Caderno Temático: 100 anos de Paulo Freire: práticas, aprendizagens e pesquisas
Editores Temáticos: Juliana Rodrigues, Universidade São Paulo (Brasil), José Luís Gonçalves, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti (Portugal).
As comemorações dos 100 anos do nascimento de Paulo Freire, em 2021, fazem-nos refletir sobre as suas memórias, a sua importância, o seu vasto legado de publicações e, especialmente, sobre a grande contribuição dos ensinamentos que ele deixou aos educadores e educadoras de todo o mundo.
Partindo dos problemas sociais contemporâneos e do reconhecimento da educação como um direito humano fundamental para a emancipação dos educandos, para a transformação social e para construção de uma sociedade mais justa, a organização deste dossiê temático, da revista Saber & Educar, pretende chamar a atenção para dar a conhecer diferentes experiências no campo da educação que, de alguma forma, se fundamentem na perspetiva Freiriana, que revelem o desenvolvimento de ações e práticas educativas com foco na autonomia, na emancipação e no estímulo de uma leitura de mundo, seja no campo da educação formal, não formal e informal ou da educação social, e que envolvam crianças, jovens e adultos.
Assim sendo, pretende-se estimular um diálogo científico entre autores da América Latina, de África e também da Europa que favoreça a apresentação de experiências e que problematize com rigor as contribuições de Paulo Freire para a educação e o desenvolvimento humano e social.
Habita-nos a convicção de que o pensamento e ação educacionais Freirianos se evidenciam não só vivos e necessários mas, acima de tudo, bastante urgentes no início da terceira década do século XXI, época carente do pensamento libertador proporcionado pelo conhecimento ao serviço do bem comum, da solidariedade e da justiça, inspirando práticas educativas que façam frente à negação da ciência, ao individualismo e às ameaças ideológicas que, infelizmente, parecem assombrar a sociedade em diferentes continentes.
-
Caderno Temático: Novas formas de pensar, atuar e partilhar ciência
Vol. 31 Núm. 1 (2022)Caderno temático : Novas formas de pensar, atuar e partilhar ciência
Editor Temático: Margarida Quinta e Costa, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti
O ensino e aprendizagem da ciência em contexto formal é importante para se obter uma perspetiva científica do mundo, indispensável a uma cidadania plena e responsável dos atuais alunos, fomentando a consciência cívica e evitando-se fundamentalismos de vária ordem.
Os contextos não formais também contribuem para essa apropriação da literacia científica ou compreensão pública da ciência. Diversas instituições de investigação contribuem para a divulgação da ciência, junto dos alunos dos vários níveis de ensino, o que não desresponsabiliza o professor do seu papel de formador, de possibilitar, ao aluno, o contacto com os pressupostos da ciência, de contribuir para a investigação no ensino e aprendizagem das ciências experimentais e da transposição dos saberes científicos para o espaço escola.
Em Portugal, o Perfil dos Alunos à Saída da Escolaridade Obrigatória refere, como áreas a desenvolver, o saber científico e as atividades experimentais que mobilizam competências de compreensão e espírito crítico, criatividade e colaboração, planeamento e capacidade de decisão. Os resultados do estudo internacional PISA 2018 da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), embora coloquem a avaliação média dos alunos portugueses em ciência abaixo dos resultados de 2015, reforçam a capacidade de reconhecer uma explicação correta para um fenómeno e identificar conclusões válidas. A visão do ensino experimental das ciências é mais ampla que a mera realização de atividades de manipulação de materiais ou cumprimento de um protocolo experimental, mas ainda temos de apostar na qualificação científica-pedagógica dos docentes e das escolas.
Noutras latitudes, como na América Latina, por exemplo, têm sido desenvolvidos esforços de cooperação na formação de professores de ciências ou constituídos Clubes das Ciências tendo em vista a sua melhor qualificação e consequente alteração de práticas profissionais. Globalmente, a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável da Organização das Nações Unidas é constituída por 17 Objetivos e a sua operacionalização requererá alunos-cidadãos cientificamente esclarecidos para acabar com a pobreza, proteger o planeta e garantir que até 2030 todas as pessoas desfrutem de paz e prosperidade.
Neste volume da revista, pretendemos congregar uma série de artigos que contribuam para uma visão ampliada da ciência, reconhecendo a excelência dos professores, dos divulgadores de ciência e dos cientistas. No entanto, é nosso dever chegar a todos, no sentido de conseguirmos alunos mais esclarecidos que sustentam as suas decisões com o apoio de professores científica e pedagogicamente bem formados.
-
Caderno temático: O presente do futuro da Infância
Vol. 30 Núm. 1 (2021)Caderno temático: O presente do futuro da Infância
Editores temáticos: Paula Pequito, Ana Cristina Pinheiro, Brigite Silva, Daniela Gonçalves, Irene Cortesão, Ivone Neves e Paula Medeiros, Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti.
O desenvolvimento profissional é uma exigência incontornável e, por tal, torna-se necessário que esse processo seja capaz de gerar a transformação da prática dos educadores, enquanto corresponsáveis pela operacionalização do projeto educativo próprio de cada instituição, assim como “co-autores” do presente do futuro da Educação de Infância. A (re)configuração ou a transformação das práticas, por sua vez, impõe o recurso a estratégias que pressupõem o desenvolvimento eficaz e enriquecedor de processos de interação teórico-prática que potenciem a reflexão (sobre o que se faz, como se faz, porque se faz; quais os resultados do que se fez, porquê esses resultados e como fazer para os aperfeiçoar). Este novo modo de entender a prática docente assenta numa atitude de indagação, sustentado por referentes teóricos de análise, pela vontade de melhor conhecer e melhor agir e, ainda, pelo domínio das metodologias apropriadas.
As exigências atuais no âmbito da Educação de Infância implicam uma procura de respostas a aspetos essenciais que se constituem como desafios ao exercício da profissionalidade, nomeadamente, a implicação dos diversos parceiros nas dinâmicas educativas, a diversidade de contextos institucionais em que decorre o ato educativo e as exigências da sua natureza comunicacional e intencional.
A rede alargada de interações de que o educador é responsável: interação com crianças, famílias, outros profissionais, autoridades locais e comunitárias, exige um compromisso social e ético.
Importa, neste âmbito, identificar práticas educacionais, projetos, investigações que (re)equacionam o presente do futuro da Educação de Infância, tendo em conta diversos questionamentos: Que conceções e dilemas na formação de educadores de infância? Que intervenientes/parceiros para a educação de infância? O futuro da educação de infância: que desafios? Que práticas estimulam a participação da criança e a cidadania ativa? Como conceber e implementar práticas e ambientes educativos diferenciadores? Como interpretar a 1.ª infância: cuidar/educar/brincar? Como concretizar a inovação pedagógica e as práticas inclusivas? E o locus da Educação de Infância: que limites? E o desenvolvimento e aprendizagem na Infância: que dinâmicas?
-
Escolas encerradas: Que educação em tempos de COVID-19?
Vol. 29 Núm. 1 (2020)A emergência inusitada da pandemia provocada pela Covid-19 tem-se vindo a traduzir em acentuadas disrupções sociais e económicas em todas as latitudes do globo. No âmbito da educação, a maioria dos países decidiu-se pelo encerramento temporário dos estabelecimentos escolares e a suspensão da frequência presencial dos alunos às aulas. Decorre dessa decisão que, em maio de 2020, se registavam, em todo o mundo, mais de 1,5 mil milhões de alunos fora dos estabelecimentos de ensino. Os países que encerraram as escolas encontraram formas muito diversificadas de dar continuidade aos processos de aprendizagem curriculares, promovendo, entre outras, modalidades de ensino online através de plataformas digitais, disponibilizando aulas através da televisão ou da rádio ou, ainda, recuperando as convencionais entregas de materiais didáticos em papel na casa dos alunos. Noutras latitudes, o ensino escolar ficou simplesmente interrompido.
Encontrando-se no terreno um conjunto vasto de estudos a coligir dados a respeito do encerramento escolar (e.g. UNESCO Survey on National Education Responses to COVID-19 School Closure), parece já ser possível identificar alguns impactos que este fenómeno teve neste período sobre os vários agentes – alunos, docentes, famílias, comunidades, lideranças escolares – e retirar ilações sobre aspetos tão distintos como as práticas pedagógicas implementadas, as ferramentas digitais utilizadas e as competências adquiridas, a qualidade da relação educativa estabelecida, os processos de socialização promovidos, a liderança escolar exercida, as políticas educativas adotadas, as (des)igualdades sociais entre alunos, entre outros aspetos considerados pertinentes em todos os níveis de ensino.
Perspetivando-se uma retoma gradual do ensino presencial na maioria dos países, importa fazer um balanço dos ganhos e das perdas alcançados neste período atípico vivido na educação e indagar sobre as aprendizagens feitas o que de melhor se deve, doravante, adotar. Com esse objetivo, o presente número 29 da Revista Saber & Educar é dedicado ao tema: “Escolas encerradas: que educação em tempos de Covid-19?” e pretende reunir um conjunto diversificado de contributos cientificamente sustentados que permita assinalar com rigor as marcas deixadas na educação desta nossa experiência coletiva extraordinária.
EditorialEducação e Resiliência
Education and ResilienceJosé Luís Gonçalves PDF
ArtigosDavid T. Hansen PDF
As escolas fecharam, a educação não ficou suspensa
Schools closed, education was not suspendedJoão Costa PDF
Dirk Oesselmann PDF
Juliana Pedreschi Rodrigues, Valéria Aroeira Garcia, Talita Alessandra Tristão PDF
Danielle do Nascimento Rezera, Raquel Gomes D'Alexandre PDF
Ana Catarina Ferreira Pinto, Margarida M. Marques PDF
Pedro Duarte PDF
José Verdasca PDF
-
Oportunidades e desafios em Educação Matemática
Vol. 28 (2020)No panorama nacional e internacional, reiteradamente somos confrontados com recomendações e orientações curriculares para a Matemática que, de modo ambicioso, estabelecem finalidades e objetivos educacionais, pretendendo que o sucesso de crianças e jovens nesta área tradicionalmente problemática esteja efetivamente ao alcance de todos. Os últimos resultados do PISA 2018 evidenciam os resultados atingidos pelos alunos portugueses na área de Matemática, em linha com os 492 pontos alcançados na edição anterior e três pontos acima da média dos países da OCDE (489 pontos). Numa análise mais generalizada, da responsabilidade do IAVE, desde 2003 que se assiste em Portugal a um crescimento significativo de seis pontos, contrariando a tendência ligeiramente negativa (menos 0,6 pontos) registada no conjunto dos países da OCDE em igual período. Em Espanha, os resultados apurados pelo PISA apontam, a partir de 2015, para uma inversão da tendência positiva que se registava desde 2006, verificando-se neste país, em 2018, níveis semelhantes aos registados na Lituânia e na Hungria. Quando se alarga esta análise a outras latitudes (continente americano e asiático, por exemplo), ressalta a estagnação (desde 2000) no nível de desempenho dos estudantes norte-americanos, destaca-se a persistência de níveis abaixo da média da OCDE no Brasil, Argentina e Panamá e continuam a sobressair, pela positiva, os resultados atingidos por China e Singapura em provas internacionais.
A par da multiplicação de propostas curriculares de intervenção específica, da implementação de projetos de intervenção de natureza intra ou interdisciplinar, do desenvolvimento de experiências pedagógicas devidamente enquadradas e da valorização e disseminação de boas práticas matemáticas assiste-se, concomitantemente, a uma notável produção investigativa centrada nos múltiplos aspetos implicados no ensino e na aprendizagem desta área disciplinar.
As dinâmicas e os resultados comprovados por este binómio formação-investigação criam condições que não poderão nem deverão ser negligenciadas por professores e decisores, nomeadamente pelos benefícios que possam significar na ainda necessária desconstrução ideológica de que pensar matematicamente é só para alguns, crença infundada epistemológica, praxeológica e até axiologicamente. Importa, pois, disseminar contributos e dinâmicas emergentes da investigação sobre contextos e práticas pedagógicas favoráveis à sua aprendizagem e reveladores de apropriação significativa deste tipo de conhecimento, bem como identificar desafios que lhe são colocados nos atuais cenários socioeducativos e fatores críticos que pareçam comprometer a sua aprendizagem e, por consequência, a eficácia do seu ensino.
Desejando contribuir para o reforço do corpus de conhecimento pedagógico-didático desta área – no âmbito do saber próprio desta disciplina e dos seus conteúdos, focado nos seus métodos e estratégias específicos, resultante de abordagens de cariz inovador, decorrente da utilização de recursos didáticos ou orientado para práticas e instrumentos destinados à sua avaliação, por exemplo –, neste número 28 da revista Saber e Educar convidamos investigadores interessados a partilhar pesquisas produzidas em/sobre Educação Matemática que possam estimular a adoção e concretização de propostas cientifico-pedagógicas consistentes, potenciando, por essas vias, a melhoria da qualidade das aprendizagens de natureza lógico-matemática e do seu ensino.
Organização deste número temático:
Isabel Cláudia Nogueira (Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti) e Teresa Férnandez Blanco (Universidad de Santiago de Compostela)
EditorialJosé Luís Gonçalves PDF
Isabel Cláudia Nogueira, Teresa Férnandez-Blanco PDF
Artigos S&EÁngel Alsina PDF
Christof Schreiber PDF
Teresa Bixirão Neto, Lúcia Pombo PDF
La Grande Illusion – A Grande Ilusão
Nuno Crato PDFEstudio exploratorio de las steam desde las matemáticas
Exploratory study of steam from mathematicsTeresa Fernández-Blanco, Valeria González-Roel, Antía Álvarez Ares PDF
Maria Fátima de Assis Paulo PDF
VariæLuís Rothes, João Queirós PDF
-
Compromissos Educativos na construção de uma Cidadania Saudável
Vol. 27 (2019)De acordo com estudos, trabalhos de investigação e projetos, cada vez mais é necessário ampliar os conhecimentos, as práticas e os saberes a propósito dos desafios de uma Cidadania Saudável.
Implicados nesta construção, propomo-nos repensar e atualizar os compromissos educativos a partir de dinâmicas de natureza interdisciplinar, para, deste modo, com uma visão holística e/ou um exercício participativo, poder aprofundar o desenvolvimento de experiências e significados democratizadores que ofereçam sentido aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável até 2030.
Neste cenário, e contando com o contributo e o envolvimento de diversas áreas de saber - a pedagogia, a antropologia, a psicologia, as ciências da saúde, entre outras -, é exigido, mais do que nunca, o diálogo “articulado” que terá como grande finalidade a concretização de uma praxis emancipadora dos sujeitos e de comunidades saudáveis. Que compromissos educativos são necessários para respeitar a nossa condição de ser humano, garantindo uma vida digna, saudável e solidária? Que dimensões de cidadania – cultural, social, política, económica, - devem ser prioritárias nos compromissos educativos, no sentido de concretizar uma praxis transformadora, tendo em conta as profundas desigualdades que nos habitam? Como articular pedagogicamente uma cidadania saudável com uma cidadania democratizadora que oferece sentido ao conjunto de valores que orientam processos emancipatórios e comprometidos com o desenvolvimento dos Direitos Humanos? Como respeitar valores universais e realidades culturais situadas, atendendo ao diálogo intercultural que (re)valoriza e cuida da diversidade? Que pressupostos estão subjacentes a uma comunidade saudável? Como é que uma comunidade saudável pode ser identificada com uma comunidade educativa crítica e, por tal, construtora de melhorias educativas, assegurando para uma educação de qualidade – com equidade – para todos e todas?
Organização deste número temático:
Daniela Gonçalves, ESE de Paula Frassinetti, Porto, Portugal, FEP-UCP/ECHR, SIeP da UAM; María Jesús Víton, Universidade Autónoma de Madrid (UAM) e SIeP da UAM
Sumário EditorialJosé Luís Gonçalves PDF
Daniela Gonçalves, María Jesús Vitón de Antonio PDF Artigos S&EMargarida Quinta e Costa, Isilda Monteiro, Vítor Rodrigues Ribeiro PDF
María Lourdes Casillas Santana PDF (Español)
Tiago Ribeiro da Costa, Diana Raquel Martins PDF
Claudia Sanchez Velasco, Práxedes Muñoz Sánchez, Beatriz Peña Acuña PDF
Investigadores ConvidadosMaría Jesús Vitón de Antonio, Fructuoso de Castro de la Iglesia PDF (Español)
-
Projetos educacionais de autoria/autonomia e abordagens flexíveis do currículo
Vol. 26 (2019)Modos de aprender e de ensinar flexíveis
(Trans)Formação educativa e gestão (flexível) do currículo
O pensamento educacional contemporâneo está umbilicalmente ligado às opções políticas nacionais e internacionais. Em Education Policy Outlook 2015 - Making Reforms Happen (OCDE) é referido que, “para melhorar a qualidade do ensino ministrado nas escolas, as políticas devem centrar-se na mudança das práticas na sala de aula, no equilíbrio entre pressão e apoio externos, bem como na definição e prossecução dos objetivos de longo prazo.” Na sequência da publicação The Future of Education and Skills, do projeto Education 2030, foram vários os países europeus que intensificaram as reformas no ensino através de orientações curriculares que promovem a inovação pedagógica e a mudança educacional, a partir de uma conceção de currículo flexível, aberto e enriquecido que garanta simultaneamente um alicerce comum para todos os alunos e uma parte complementar e diferenciadora que vá ao encontro de motivações, preferências e facilidades. Em Portugal, por exemplo, a recente legislação e a respetiva filosofia educacional que a precede – inclusão, autonomia e flexibilidade curricular – pretende promover uma mudança paradigmática nas escolas potenciando propostas mais ajustadas à forma como os alunos aprendem e, com isso, favorecer uma educação mais holística a gerar maior equidade social.
Importa, neste momento, identificar contributos emergentes dos caminhos que têm vindo a ser trilhados por alunos, professores e instituições escolares: que projetos se encontram a ser implementados e quais são os pressupostos que parecem assegurar essa implementação? De que forma(s) e com que impacto(s) as instituições de ensino (re)organizam os tempos de trabalho dos seus alunos e professores conciliando disponibilidades e responsabilidades? Que critérios estão a ser aplicados no agrupamento de alunos? Quais as principais (re)configurações em termos de avaliação das aprendizagens? Que (novas) oportunidades de aprendizagem e colaboração estão a emergir destes trajetos? Que constrangimentos parecem derivar da adoção de novos modos de ensinar e aprender e que perceções transparecem dos diferentes agentes das comunidades educativas?
Editorial José Luís Gonçalves; Daniela Gonçalves PDF Artigos S&ECristina Manuela Sá PDF
Diego Firmino Chacon, Dinara Soares Chacon Sales, Francisco Firmino Sales Neto PDF
Henrique Pereira Ramalho PDF
Inês Sousa, Elisabete Ferreira PDF
Rosana Muniz de Medeiros, Rui Marques Vieira, Francislê Neri de Sousa PDF
Investigadores Convidados
María Jesús Mairata, Juan Félix Cigalat, Juan José Montaño PDF
Ana Cohen PDF
-
Educar com TIC para o Século XXI
Vol. 25 (2018)Na Educação, temos assistido a um vasto conjunto de transformações, conscientes de que ocorrem de forma cada vez mais rápida, confirmando as exigências que emergem das mudanças que se fazem sentir na sociedade, seja nos domínios económicos, sociais, culturais ou tecnológicos, entre outros. Se o século XX confirmou o caminho que se iniciara no século anterior, na revolução e explosão da comunicação, celebrando a invenção de novos meios e com novas linguagens, onde se evidenciava o lugar incontornável da imagem, fixa ou em movimento (dimensão iconográfica), o século XXI, através do extraordinário desenvolvimento da tecnologia informática, dá continuidade à mesma trajetória e avança para o que Castells, na senda da Galáxia Gutenberg e da Galáxia Marconi de McLuhan, anuncia como estádio mais avançado nesta história de sucesso e apelida de Galáxia Internet. Os últimos anos do fim do século XX albergaram a convicção de que a civilização passaria por decisivas metamorfoses. Uma delas era a de que a revolução tecnológica e científica transformaria todos os domínios mas, particularmente nos dispositivos comunicacionais, viria a ocupar um lugar essencial na dinâmica das transformações societais daí decorrentes. A Educação constituiria um território desafiante para compreender essas mesmas modificações e, naturalmente, para se identificar os desafios de uma educação para o século XXI.
Educar com TIC para o século XXI tem inscrita a exigência de uma reflexão maior sobre o papel que as Tecnologias da Informação e Comunicação têm no domínio educacional. De entre outros, identificamos o desafio (e ao mesmo tempo exigência) de uma maior e melhor integração curricular das TIC nas práticas de ensino, do reforço do papel das comunidades de aprendizagem, da diversificação dos contextos de aprendizagem, da ampliação das possibilidades comunicacionais, de uma melhor inclusão e uma maior participação cidadã de todos. Quase duas décadas volvidas neste século pudemos confirmar algumas expectativas, comprovar quão infundados eram alguns medos, reforçar algumas preocupações com a direção ou sentido do caminho, por vezes a desilusão quanto ao alcance dos resultados e de aspetos que se esperava ver confirmados.
Organização deste número temático: Joaquim José Jacinto Escola, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro; Manuela Raposo Rivas, Universidade de Vigo
Sumário Editorial José Luís Gonçalves ArtigosAngélica Monteiro, Alcina Figueiroa, José Couto, Orquídea Campos PDF
Ivani Nadir Carlotto, Maria Alzira Pimenta Dinis PDF
Maria Gorete Pereira PDF
Maria João Silva, Filomena Martins PDF
Isaura Ribeiro PDF
Fernanda Campos PDF
Regiane da Silva Macuch, Janayna Cristina Rocha, Bruna Rafaele Milhorini Greinert, Leticia Fleig Dal Forno, Rute Grossi Milani PDF
Investigadores ConvidadosA utilização das TIC na educação: Estudo de caso
The use of TIC in education: Case StudyRubia Salheb Fonseca, Joaquim Escola PDF HTML
“Sentidiño na rede” para un uso responsable de internet
For responsible internet useManuela Raposo-Rivas, Mª Esther Martínez-Figueira, Patricia González-Martínez, José Torres-Meira, Rogelio Carballo-Soria, Francisco Freire-Vila, Justo Fernández-López, Mª Fernanda Barboza Cid, Miguel Roibás-Aguado, Teresa Gutiérrez-Manjón, Angeles Parrilla Latas PDF (Español)
Natália Moura Lopes PDF
VariæMafalda Ferreira, Carolina Gonçalves PDF
-
A Educação Artística na Escola do Século XXI
Vol. 24 (2018)O mundo vive atualmente um momento marcado por grandes transformações socioculturais e educativas. Encontra-se em movimento acelerado, como veículo de produção e transmissão de informações, conformando novas subjetividades, novas formas de ver, de sentir, de interpretar e de projetar uma cultura polifónica. Neste contexto, também as manifestações artísticas, sustentadas pela pós-modernidade, têm provocado grandes mudanças no contexto cultural, abrindo um espaço de questionamento que pressupõe um conhecimento sempre renovado, quer concetual, quer formal, com repercussões na educação artística, implicando novas formas de ensino-aprendizagem. E, por essa razão, torna-se urgente (re)pensar a área da educação artística, tendo em consideração a sociedade em vivemos, perspetivando o futuro. Pensar a Educação Artística na Escola do futuro é pensar em novos desafios e em novas exigências, em valores e práticas que deverão ser equacionados, em mitos que terão se ser colocados em causa, para uma revitalização capaz de conceber, atuar e refletir, que ajude a escola a problematizar e a projetar o futuro através da mudança e da inovação.
Neste enquadramento, o presente número da Revista Saber & Educar reúne um leque de artigos que incidem em diversas temáticas relacionadas com A Educação Artística na Escola século XXI, destacando-se as políticas curriculares e uma nova organização educativa, o papel do aluno e do professor no processo de ensino-aprendizagem, bem como a relação entre a escola, a família e a comunidade. A dimensão didática dos espaços e dos objetos escolares, assim como as metodologias de ensino-aprendizagem que impactam nas práticas educativas, têm também um lugar de evidência em vários artigos.
Salienta-se, ainda, a abordagem do fenómeno artístico numa perspetiva sociocultural e da literacia artística na era pósdigital em que nos encontramos e que pressupõe uma transformação educativa.
Por último, numa perspetiva mais empírica, são apresentados projetos e experiências didáticas de inovação curricular formal e não formal e de intervenção comunitária.
Equacionados num panorama de mudança que exige a nossa atenção para o desenho de novas linhas de ação na área da Educação Artística estes artigos procuram abrir caminho a novas formas de pensar e atuar determinantes na construção de cidadãos que possam ser atores de corpo inteiro da invenção do futuro que é já hoje.
Organização deste número temático:
Mónica Oliveira, Escola Superior de Educação Paula Frassinetti
Sumário Editorial A Educação Artística na Escola do Século XXI José Luís Gonçalves PDF ArtigosA Educação Artística no Presente e no Futuro
Arts Education: present and futureSandra Palhares PDF
Arquitetura, Design e Futuro: dimensão didática de espaços e objetos escolares Architecture, design and future - educational dimension of school premises and objectsBartolomeu Paiva PDF
Anabela Moura, Gabriela Barbosa PDF
Carlos Gonçalves, Natálina Cristovão, Paulo Esteireiro PDF
Susana Lopes, Cláudia Melo PDF
Aroa Mediero González PDF
Cartografias Coletivas
Collective CartographiesAlexandra Baudouin PDF
Marta Ornelas PDF
Adriana Campos, Andreia Dias PDF
Mónica Oliveira PDF
Rafael Marfil-Carmona PDF
-
Contornos da EDUCAÇÃO INCLUSIVA na perspetiva da lei e das respostas educativas
Vol. 23 (2017)Os contornos da EDUCAÇÃO INCLUSIVA na perspetiva da lei e das respostas educativas
A Humanidade necessitou de percorrer séculos de existência para lograr o respeito pela vida e pela individualidade e especificidade de cada indivíduo, a par do sentido de responsabilidade coletiva pelo bem-estar e plena realização de todos e cada um, consubstanciando-se assim a afirmação da cidadania plena, entretanto proclamada pela Convenção dos Direitos Humanos. No plano educacional, constitui hoje base de atuações, na maioria dos países, o preceituado na Declaração de Salamanca, de 1994, onde se reconhece a necessidade e a urgência de garantir a educação para as crianças, jovens e adultos com necessidades educativas especiais no quadro do sistema regular de educação. Mais se afirma que a adaptação a promover é a das escolas, através de uma pedagogia centrada na criança, capaz de ir ao encontro das suas necessidades e potencialidades. A própria ciência foi comprovando que todas as crianças e jovens, independentemente das suas referências culturais ou das suas potencialidades e necessidades, progridem e devem aprender juntas. O avanço do conhecimento científico e técnico que baseia a intervenção diferenciada, as práticas inovadoras desenvolvidas e o investimento humano na educação inclusiva refletem a procura incessante de melhores atuações, a caminho da concretização do princípio da inclusão, nas escolas e na sociedade. Portugal, ao assinar, a par de numerosos outros países, a referida Declaração, tomou em mãos a tarefa da educação inclusiva, que paulatinamente vem concretizando. A Escola Superior de Educação de Paula Frassinetti assumiu, desde 1990, a responsabilidade de ser parceira na procura da realização desse ideal, através da promoção do conhecimento científico, da habilitação de recursos humanos, e da construção de materiais e recursos tecnológicos especializados. Os docentes e os técnicos especializados por esta instituição desenvolvem atualmente uma meritória ação, de norte a sul do país, enquanto obreiros e observadores críticos do caminho percorrido. Obra sempre inacabada, apesar de em permanente evolução! O Departamento de Educação Especial e Psicologia, pela observação das ações implementadas no terreno, pelos dados colhidos na investigação que promove, pela escuta constante de anseios partilhados na formação que ministra, tem a perceção do sentimento implícito e explícito do quanto falta cumprir, no processo de construção da qualidade, no âmbito da inclusão educativa. É de importância capital continuar a alertar o pensamento que enforma a política educativa, o ambiente social geral, as instituições educativas, os gestores de educação e ensino, os professores, as famílias, as associações e demais organizações, para o facto de as especificidades em crianças e alunos infra ou supra dotados deverem ser identificadas o mais cedo possível, promovendo-se uma educação de qualidade para todos, seguindo uma orientação inclusiva. A publicação deste número da Revista Saber & Educar, de natureza temática, tem isso em vista. As pesquisas e experiências relatadas, os modelos, metodologias e recursos descritos, oferecem contributos significativos para novo impulso.
Os diferentes artigos apresentados, permitem ao leitor ter acesso a:
i) Estratégias e práticas diferenciadas que possibilitam aprendizagens enriquecidas
ii) Um modelo organizativo e funcional que potencia práticas educativas inclusivas, apresentado
iii) Abordagens pedagógicas específicas para alunos com dislexia, em diferentes níveis de ensino, descritas
iv) Dados sobre uma relação colaborativa no seio da comunidade educativa
v) Experiências de diferenciação e inclusão bem-sucedidas
vi) Resultados obtidos em contextos de investigação em linguagem
vii) Descrição de atitudes e contributos significativos da família
Sumário Editorial José Luís Gonçalves PDF 6-7 Artigos S&EEstratégias de aprendizagem na inclusão de alunos com deficiência visual no desenvolvimento cognitivo da matemática Carlos H. Barroqueiro, Márcia Barroqueiro, Rosa A. Dias PDF 12-21
Boas práticas na implementação de Sistemas Aumentativos e Alternativos de Comunicação nas Unidades de Apoio Especializado para a educação de alunos com Multideficiência em Portugal continental: uma exigência por cumprir? Adriana Moreira, Karine Silva, Mariely Lima PDF 22-35
Construção de um território inclusivo na Região Centro de Portugal: do diagnóstico às estratégias de intervenção na educação especial Liliana Paredes, Mafalda Frias, Luís Alcoforado, Marcelino Pereira, A. M. Rochette Cordeiro PDF 36-47
Os jogos de (e com) palavras como resposta educativa a crianças com dislexia: algumas propostas Catarina Mangas PDF 48-57
Dislexia no Ensino Secundário/Superior:Avaliação, Intervenção e Reeducação Pedagógica
Marisa Silva, Helena Serra PDF 58-69Práticas de colaboração para inclusão de alunos com Necessidades Educativas Especiais nas escolas portuguesas : Perceções de professores e Equipa técnico pedagógica Raquel Batista de Oliveira, Maria da Graça Amaro Bidarra, Maria Piedade Vaz-Rebelo PDF 70-79
Diversidades do aprender na escola nova de A. Faria de Vasconcellos, pioneiro da educação do futuro
Lúcia Maria da Silva Ferreira, Ana Paula Lapa Cotovio, Carlos Meireles Coelho PDF 80-89Sobre ombros de gigantes: uma visão contextualizada da ciência pelos alunos do Ensino Fundamental II
Bertholdo Mauricio Costa, Barbara Celestino Schwartz, Marcelo Dumont PDF 90-99Aprendizagem Linguística e Processos Mnésicos:Contributos para a validação da Prova de Avaliação da Memória e Compreensão Verbal (PAMCV) Rosa Maria Lima, Ana Mafalda Lopes PDF 100-111
Atitudes dos pais em relação à inclusão: Contributos de um estudo quantitativo Paulo C. Dias, Ana Rita Leal, Pedro Flores, Julian Diáz PDF 112-121
Envolvimento participativo de famílias no processo de apoio em Intervenção Precoce na Infância Marisa Alexandra Maia Machado, Paula Ângela Coelho Henriques dos Santos, Marilyn Espe-Sherwindt PDF 122-137
Crianças Sobredotadas, Posição da familia e comunidade no plano educativo Zenita Guenther PDF 138-151
VariæViolência Conjugal: Crenças de Atuais e Futuros Profissionais, Implicados na sua Reposta e Prevenção – Direito, Saúde e Educação Paula Cristina Cabral, Francisco Javier Rodríguez-Díaz PDF 152-167
Bioética e promoção da saúde docente na educação superior: uma interface necessária Ivani Nadir Carlotto, Maria Alzira Pimenta Dinis PDF 168-179
-
Desafios contemporâneos da Educação Social na América Latina e na Europa: diálogos entre prática e teoria
Vol. 22 (2017)O campo conceptual, metodológico e jurídico da Educação Social enfrenta desafios diferenciados na Europa e na América Latina. Se, no seio dos países europeus, se constata já uma crescente pesquisa sobre a especificidade da intervenção do Educador Social e uma tendência para harmonizar o seu reconhecimento legal e a sua formação profissional, ainda não se pode falar numa real convergência terminológica ou conceptual, designadamente pela indefinição persistente quanto ao que se entende por Educação Social, Pedagogia Social e Trabalho Social. Na América Latina, por sua vez, o campo conceptual e legal-jurídico da Educação Social, que ainda está em processo de constituição, considera a existência de inúmeras e diferentes práticas como contributos para a definição de sua legislação específica.
Na ausência de uma interpretação unívoca sobre o corpus teórico, a formação, a identidade e o estatuto profissional do Educador Social, uma das características atuais da Educação Social na América Latina diz respeito ao trabalho que favoreça e facilite o convívio social, buscando a garantia de direitos para todos, uma vez que a Educação Social se refere aos processos educacionais estatais e coletivos que acontecem fora do âmbito da família e da escola, com destaque para aqueles cidadãos que vivenciam situações de risco e/ou conflito ou carência social. Na Europa, a complexificação das sociedades e a existência de sistemas de proteção social, aliados à mudança do conceito de educação, rompem com o caráter assistencialista ou de urgência da intervenção para privilegiar a formação pessoal e cívicas do cidadão, característica da Educação Social.
Neste pressuposto, esta dimensão da Educação Social pode ser trabalhada em múltiplos contextos, nos quais o compromisso com problemáticas que são importantes para um determinado grupo é considerado ponto fundamental para o desenvolvimento do trabalho educacional no campo da educação não formal. Para a discussão proposta neste dossiê, a revista Saber & Educar, na sua edição do primeiro semestre de 2017, chama a atenção para as múltiplas relações que estabelecem, entre si, a Pedagogia Social e o campo da educação não formal, na diversidade de respostas socioeducativas dadas às problemáticas específicas de cada diferente lugar. O que se propõe é um diálogo que busque apresentar e problematizar trajetórias construídas por teorias e práticas da Educação Social na Europa, que tem já um longo percurso de pesquisas e ações constituídas e em constante avaliação, com a criação e emergência desse campo na América Latina. Neste contexto, marcado por uma forte relação com a educação popular, com os movimentos sociais, busca-se, neste momento, maior compreensão sobre quais os processos relacionados com a regulamentação da profissão e a formação dos educadores sociais no Brasil e em outros países latino-americanos.
Sumário EditorialDesafios contemporâneos da Educação Social na América Latina e na Europa: diálogos entre prática e teoria
José Luís Gonçalves, Juliana Pedreschi Rodrigues, Valéria Aroeira Garcia PDF 8-13
ArtigosPanorama da Educação social no Brasil: o papel e importância da militância e das associações de educadores socais Juliana Pedreschi Rodrigues, Valéria Aroeira Garcia PDF 14-22
Social education from an european perspective
François Gillet PDF (English) 24-33Profesionalización y ámbitos profesionales de la Educación Social: formación en género desde la universidad Victoria Pérez-de-Guzmán, Encarna Bas-Peña, Juan Francisco Trujillo Herrera PDF (Español) 34-43
Desafios epistemológicos e metodologia de intervenção da pedagogia-educação social – reflexões numa zona de fronteira Rosanna Barros PDF 44-53
Dimensão Relacional na Educação Social: contribuições da psicanálise para a sua compreensão e manejo Patrícia Junqueira Grandino PDF 54-61
Educação Social: caminhos percorridos, desafios e oportunidades contemporâneas. Aproximações entre Portugal e o Brasil Sílvia Azevedo, Fátima Correia, Érico Ribas Machado, Jacyara Silva de Paiva PDF 62-71
A luta por reconhecimento como processo educativo: Paisagem, Educação Ambiental, Educação Social
Francisco Del Moral Hernandez PDF 72-81A Regulação da educação social como profissão: uma análise aos processos da regulação da identidade e do estatuto socioprofissional do educador social em Portugal e no Brasil Henrique Pereira Ramalho PDF 82-91
Arte, lazer e juventude no contexto da educação social Iranilda Oliveira de Medeiros, Reinaldo Tadeu Boscolo Pacheco PDF 92-103
VariæCaracterização da visão de mundo dos universitários: estudo comparativo entre uma universidade brasileira e portuguesa Rubia Salheb Fonseca, Amâncio Carvalho, Joaquim Escola, Armando Loureiro PDF 104-115
-
Estudos da Criança| Caderno Colóquio sobre os 150 Anos de presença das Irmãs Doroteias em Portugal
Vol. 21 (2016)O campo multidisciplinar dos Estudos da Criança desenvolveu-se muito significativamente a partir do início deste século. Ao colocar definitivamente na agenda da investigação com crianças temas como a da capacidade das crianças, enquanto sujeitos, para a produção cultural e da infância como categoria social constituída através de processos históricos em mudança acelerada, os Estudos da Criança têm vindo a permitir renovar o conhecimento, mas também as práticas sociais na intervenção e na educação junto dos mundos de vida social e cultural da infância.
Do lado da renovação dos modos de construção do conhecimento, o aspeto mais relevante do contributo dos Estudos da Criança reside, precisamente, na conjunção multidisciplinar – e, em alguns casos mais sucedidos, interdisciplinar – de áreas de saber que, ocupando-se tradicionalmente das crianças e do período da infância, produziram as suas teorias, constructos e mesmo metodologias de forma distinta, promovendo como objeto conceções parciais e fragmentárias da criança: o corpo da criança e as suas dimensões biológicas, a mente da criança e seu desenvolvimento psicológico, a aprendizagem da criança e a sua condição de aluna, a criança reprodutora da cultura e das relações sociais dominantes, etc. A abordagem multidisciplinar da criança não constitui um simples efeito de abordagem sistémica, mas é desafiadora dos saberes tradicionalmente constituídos, estabelecendo novas relações, por exemplo entre corpo e mente, sociedade e cultura, singularidade e diferença, subjetivação e socialização. Essa abordagem é, portanto, produtora de novas agendas, problemáticas, áreas de conhecimento e perspetivas sobre as crianças, as suas vidas e os contextos de ação e de educação.
EDITORIALEstudos da Criança e Educação de Infância José Luís Gonçalves PDF 6-9
INVESTIGADORES CONVIDADOSPromoting narratives of children's daily life in educational interactions Claudio Baraldi PDF (English)10-29
Institucionalização da infância: a guerra dos botões brincada por meio de regras institucionalizantes Valéria Aroeira Garcia, Juliana Pedreschi Rodrigues, Janaina Carrasco Castilho PDF 30-39
ARTIGOSAprender a escutar crianças: um dispositivo de formação Maria Inez da Silva de Souza Carvalho, Mônica Sâmia PDF 40-49
A gestão do tempo nos tempos educativos do 1º ciclo do ensino básico António José Pescada dos Santos PDF 50-65
A atenção à experiência interna da criança e estilo do adulto - contributo das escalas de empenhamento para a melhoria das práticas pedagógicas em educação de infância Gabriela Portugal, Helena Luís PDF 66-75
A educação em mudança no século XXI: Ecos de Ciências na Educação Contemporânea para a 1ª Infância Cristina Cruz Mateus, Dulce Noronha Sousa PDF 76-85
As crianças negras vistas pela sociologia da infância no brasil: uma revisão de literatura Míghian Danae Ferreira Nunes, Lajara Janaina Lopes Corrêa PDF 86-97
"Quem educa as crianças?" Processos educativos intrageracionais num bairro periférico de Maputo Elena Colonna PDF 98-107
A participação dos bebês e das crianças bem pequenas e a prática da docência no contexto da educação infantil Altino José Martins Filho, Ana Cristina Coll Delgado PDF 108-117
Brincar com a geometria na educação pré-escolar Filipa Balinha, Ema Mamede PDF118-129
CADERNO Colóquio sobre os 150 Anos de presença das Irmãs Doroteias em Portugal
“Educar bem é transformar o mundo…” Colóquio sobre os 150 Anos de presença das Irmãs Doroteias em Portugal José Luís Gonçalves, Manuela Mendonça PDF 130-131
Educar é transformar o mundo Irmã Maria da Conceição Oliveira PDF132-135
Paula Frassinetti: Uma Mulher No Seu Tempo. Uma Jovem Entre Jovens. Intuição e Resposta. Irmã Maria do Socorro Lopes Souza PDF136-137
A Península Itálica no século XIX Maria Manuela Tavares Ribeiro PDF 138-147
Educação e Assistência em Portugal: ritmos e evolução Maria de Fátima Reis PDF 148-155
Doroteias: uma resposta? (1866-1910) Irmã Diana Barbosa PDF156-167
A congregação das Irmãs Doroteias em tempo de mudança: tradição e modernidade Sérgio Campos Matos PDF 168-177
Diáspora e Regresso. As Doroteias no mundo português Manuela Mendonça PDF178-189
Constantes no processo histórico das Doroteias… vertentes atuais do trabalho, linhas que não quebram! Irmã Maria Lúcia Ferreira Soares PDF 190-197
Contemporaneidade e Missão José Luís Gonçalves PDF198-209
Pertinência eclesial e social das Doroteias D. Carlos Azevedo PDF 210-219
-
Perspetivas didáticas e metodológicas no Ensino Básico
Vol. 20 (2015)A reflexão e o conhecimento científico fundamentados em contextos de aprendizagem/ensino e produzidos no âmbito das didáticas disciplinares específicas – incidindo sobre a natureza do saber próprio destas disciplinas, sobre os seus objetivos, métodos e conteúdos, bem como sobre dinâmicas dos seus processos de aprendizagem/ensino ou sobre a sua avaliação, por exemplo –, representam um papel central na (re)construção profissional do docente da Educação Básica, com reflexos evidentes nas aprendizagens dos alunos e, por consequência, na melhoria da qualidade da Escola. Privilegiando uma sólida relação teoria/prática e sustentado em critérios de rigor científico e metodológico que permitem distinguir, tão objetivamente quanto possível, práticas eficazes de outras menos conseguidas, o corpus de conhecimento disponibilizado pelas didáticas específicas apresenta-se como um domínio de conhecimento profissional imprescindível à praxis de um professor crítico, inovador e criativo.
Sumário EditorialPerspetivas Didáticas e Metodológicas no Ensino Básico José Luís Gonçalves PDF 6-9
Investigadores ConvidadosLa formación inicial del profesorado español de Educación Primaria en educación lingüística José Manuel Vez 10-23
EFFE-On – Corpus Online de Escrita e Fala Isabel Alves, Patrícia Costa, Maria do Carmo Lourenço-Gomes, Celeste Rodrigues 24-33
Práticas didático-pedagógicas de ciências: Estratégias de ensino / aprendizagem promotoras do pensamento crítico Rui Marques Vieira, Celina Tenreiro-Vieira 34-41
Investigações matemáticas: aprender matemática com compreensão Manuel Vara Pires 42-51
Jogo e arte contemporânea: estratégias didáticas lúdicas para educação artística Cristina Varela, Begoña Paz García 52-61
Cidadania ativa, arte contemporânea e educação intercultural: um estudo de caso na formação de professores Anabela Moura, Teresa Gonçalves 62-71
Precocidade intelectual na fase pré-escolar: Identificando Sinais de Talento Acadêmico na Educação Infantil Zenita C. Guenther, André de Aguiar Braga, Josiane Carvalho 72-83
ArtigosLiteracia emergente e passagem da educação pré-escolar para o 1º ciclo do ensino básico Cristina Manuela Sá 84-95
A abordagem à linguagem escrita na etapa final da educação pré-escolar: um estudo localizado Maria Helena Martins da Cruz Horta 96-107
Arte d’escrita: aprendizagem da escrita em contexto multilingue Ágata Pereira, Carolina Gonçalves 108-117
Ensino da ortografia e pontuação e sua avaliação
Cristina Manuela Sá 118-125
Let’s talk, shall we? – a oralidade no ensino do inglês em Portugal Cláudia Susana Martins, Maria Nazaré Cardoso 138-159
Explorando padrões no 6.º ano do ensino básico Ema Mamede, Joana Silva 160-173
Análise Ontossemiótica de processos de instrução matemática - um exemplo no Ensino Básico Isabel Cláudia Nogueira, Teresa Fernández Blanco, Dolores Rodríguez Vivero 174-187
Desenvolvendo competências investigativas em Estudo do Meio no 1.º CEB: abordagens a partir da didática da História e da Geografia Alfredo Gomes Dias, Maria João Hortas 188-201
As potencialidades da implementação de atividades práticas de caráter investigativo e interdisciplinar em ciências no 1.º ciclo Marisa Correia, Diana Dias 202-213
Educar para a cidadania ativa, o papel da integração curricular Josélia Ribeiro Fonseca 214-223
O trabalho de grupo como fator potenciador da integração curricular no 1.º ciclo do ensino básico Cândida Pereira, Ana Paula Cardoso, João Rocha 224-233
Formação inicial de docentes – componente base da formação docente Alcina Maria da Silva Mota Figueiroa 234-243
Supervisão pedagógica em contexto de formação inicial de professores do 1º CEB: uma análise focada nos relatórios de estágio Pedro Ferreira, Preciosa Fernandes 244-253
Sinuosidades da formação pedagógica e didática dos professores: entre a cultura da performatividade de feição técnico implementalista e o desafio da formação investigativo reflexiva Henrique Pereira Ramalho 254-263
O Latim como facilitador de aprendizagens transversais no Ensino Básico: uma proposta concreta de aproximação nas aulas de Português do 1º Ciclo Ana Ferreira 126-137
-
Educação e Trabalho Social
Vol. 19 (2014)Se é verdade que as sociedades contemporâneas já interiorizaram uma visão estratégica da educação como um conjunto estruturado de oportunidades de aprendizagem de cada sujeito quanto ao direito de realização da sua humanidade no interior de comunidades concretas, encarar a educação como praxis antropológica de alcance social pressupõe que o trabalho social seja concebido a partir do desenvolvimento humano, não obstante as incertezas sociais, as pressões das políticas públicas e a heterogeneidade de práticas de intervenção em que este mesmo trabalho social frequentemente se move.
O tema agregador do n.º 19 da Revista Saber & Educar pretende dar destaque à articulação que entretêm entre si “Educação” e “Trabalho Social” nos mais diversos campos disciplinares, científicos e formativos em que esta se pode traduzir, e que podem ir desde educação e formação de adultos à educação social, da pedagogia escolar à social, da intervenção socioeducativa ao desenvolvimento comunitário, entre outros.
Rejeitando, desde logo, as muitas dicotomias epistemológicas, conceptuais, metodológicas, e outras a que esta relação educação-trabalho social se encontra frequentemente amarrada, para alcançar o objetivo a que este número da revista se propõe, importará, por um lado, revisitar os conceitos de educação e de trabalho social e, por outro lado, descobrir nos múltiplos projetos de educação e de trabalho social significativas interseções teórico-práticas que permitirão descobrir e redesenhar novas configurações do humano no espaço comum habitado. Convidam-se os investigadores a apresentarem especialmente pesquisas em projetos e processos de intervenção dos quais se tenham obtido resultados empíricos significativos para o tema agregador.
Sumário Editorial Educação e Trabalho SocialJosé Luís Gonçalves 6-9
ArtigosViolence prevention in schools: Resilience promotion in the framework of a European practice research project Katharina Rauh, Klaus Fröhlich-Gildhoff 10-23
Research circles: A method for the development of knowledge and the creation of change in practice Sara Högdin, Cecilia Kjellman 24-37
A Educação Não Formal na Prevenção dos Problemas Ligados ao Álcool Tatiana Nunes, Diogo Teixeira, Filipa Coelhoso 38-47 Educação e Trabalho Social: reivindicações, limitações e indefinições Ana Maria Vieira 48-61Os contributos do teatro na educação de adolescentes Marta Graça, Manuela Gonçalves 62-73
A Educação para a Alimentação e as Práticas Alimentares de Jovens que Frequentam os 2º e 3º Ciclos do Ensino Básico Sofia R. S. Fernandes, Raquel P. F. Guiné, Ana Paula Cardoso, José Luís Abrantes, Manuela Ferreira 74-85
Projeto Casa Amarela: uma experiência de educação inclusiva e trabalho social Mára Beatriz Pucci de Mattos 86-95 Entrevistar crianças/jovens: relato de uma experiência em contexto hospitalar Carla Hiolanda Ferreira Esteves 96-105Crianças, Brincar, Culturas da Infância e Cultura Lúdica: uma análise dos estudos da infância Clara Medeiros Veiga Ramires Monteiro, Ana Cristina Coll Delgado 106-115
Territorialidades Educadoras na Construção de Velhices com Qualidade Marcia Regina Medeiros Veiga, António Manuel Rochette Cordeiro, Sónia Cristina Mairos Ferreira 116-127
Dificultades de los menores en protección ante la superación de etapas escolares y la emancipación Xosé Manuel Cid, Deibe Simo 128-137
-
Alargamento de domínios de habilitação para a docência: Que balanço?
Vol. 18 (2013)Com o Decreto-lei n.º 43/2007 foi promovido o alargamento dos domínios de habilitação do docente generalista que passam a incluir a habilitação conjunta para a educação pré-escolar e para o 1ºCiclo do Ensino Básico (CEB) ou a habilitação conjunta para os 1º e 2º CEB. Na delimitação dos domínios de habilitação para a docência privilegia-se uma maior abrangência de níveis e ciclos de ensino tornando possível a mobilidade dos docentes entre os mesmos. Deste modo, é organizada uma formação na área da docência onde o 1º CEB é entendido como charneira de um processo que vai do pré-escolar ao 2º CEB, com os professores a concluírem a sua formação inicial com o grau de mestre. Embora este modelo de formação seja relativamente recente, poderá ter chegado o momento para instituições formadoras e empregadoras procederem a um primeiro balanço investigativo sobre o impacto desta orientação de política educativa:
- Em que domínios são já evidentes as vantagens desta lógica formativa? Quem beneficia deste novo percurso formativo: os educandos, a instituição, os encarregados de educação, as políticas ministeriais…?
- Que incongruências, desequilíbrios ou insuficiências podem ser apontados, numa perspetiva de melhoria da formação de professores, na ótica do currículo?
- Está salvaguardada uma formação de qualidade na prática pedagógica dos futuros professores, isto é, na articulação sempre sensível e instável entre a teoria e a prática?
- O atual percurso da formação de professores destes ciclos de ensino responde afirmativamente às exigências de uma geração de educandos nascidos no seio da sociedade da informação e do conhecimento?
- Em que medida este modelo formativo – licenciatura + mestrado - salvaguarda uma maior ligação entre formação e mercado de trabalho (educacional)?
- Existe, como se constante na opinião publicitada, um excesso de oferta na área da docência ou, pelo contrário, ainda há margem para fomentar uma maior procura social da educação e, como tal, promover novas competências de formação nos futuros profissionais?
Outras problemáticas podem e devem ser levantadas num primeiro balanço que este número 18 da Revista Saber & Educar deseja proporcionar ao desafiar a comunidade dos investigadores e dos profissionais a apresentarem estudos que contribuam positivamente para a melhoria do percurso formativo agora em vigor. EditorialJosé Luís Gonçalves 6-9
Artigos Os plans de estudos de formación inicial do profesorado no marco do EEES. ¿Que hai de novo? María Montserrat Castro Rodríguez 10-21A Formação inicial de professores no âmbito do Processo de Bolonha: o caso da formação de professores de educação visual e tecnológica Ana Souto Melo, Maria Branco 22-35
A atual formação de professores no contexto do paradigma inclusivo: algumas constatações Maria Celeste de Sousa Lopes 36-45
“Bolonha” enquanto modelo formativo hegemonicamente estruturado para a fabricação de professores: a profissionalidade docente entre o movimento tecnocrata europeísta e o estatismo reterritorializado Henrique Pereira Ramalho 46-59
Problematizar a educação: um testemunho na construção da profissionalidade Ana Luísa de Oliveira Ferreira, Ana Catarina Assunção 60-67 VARIAE Vinculação entre qualidade da educação, ideb e renda domiciliar: reflexões acerca das escolas da rede municipal de Montes Claros - MG Lenoir Santos Luciana, Maria da Luz Alves Ferreira 68–81Abordar a diversidade linguística no 1º ciclo: ideias das crianças Daniela Coelho, Gorete Ribeiro 82–93
Efeitos da intervenção social cognitiva para a melhoria da competência social e do sucesso escolar em alunos de escola primária inglesa: estudo de caso Debora Walfrid Elijah, José Milton Madeira 94–105
Metátese na linguagem infantil: “porfessora” é bom, “professora” é melhor Rosa M. Lima 106–115 -
Educação em tempo de crise
Vol. 17 (2012)Editorial Educação em tempo de crise Adalberto Dias de Carvalho 5-7 Caderno Temático Opinião Michel Maffesoli, António Murta, João Tomé Saraiva 8-9 Artigos As crises da educação e formação de adultos em Portugal Antónia Távora, Henrique Vaz, Joaquim Coimbra 28-40O perfil do professor no contexto de crise económica e no quadro da sociedade da informação e comunicação Fernando Carrapiço, Francisco P. Rodríguez Miranda 52-61
What is wrong? Governance in education and educational policies in times of crisis Tudor Stanciu 22-27 Reflexión pedagógica: crisis y razón de la práctica docente como ejercicio crítico María Jesús Vitón de Antonio 10-20 Educar para os direitos culturais e linguísticos Cláudia Marques, Filomena Martins 42-51A acessibilidade como a palavra-chave para o acesso à educação: um projeto de formação contínua de professores Ariana Cosme, Raquel Rodrigues Monteiro, Vânia Cosme 62-71
A profissão docente presa na armadilha da crise: a avaliação dos professores contemporizada no jugo da crise ou uma alternativa para a sua mitigação Henrique Manuel Pereira Ramalho 72-81
-
Processo de ensino-aprendizagem e de formação de profissionais de educação
Vol. 16 (2011)Este número especial da Revista Saber & Educar é integralmente dedicado à problematização e à dilematização enquanto metodologias aplicadas ao processo de ensino-aprendizagem e de formação de profissionais de educação.
EditorialAdalberto Dias de Carvalho
Problematização e dilematização enquanto referenciais metodológicos da formação de educadores Adalberto Dias de Carvalho 8-16
O que é problematizar? Géneses de um paradigma Michel Fabre 18-29 A formação de estudantes de educação social para a ética prática: alguns desafios François Gillet 30-37Indutores de problematização aplicados a uma aula de antropologia e dilema moral emergente José Luís Gonçalves 38-47
Problematização e conceptualização em ciências e nas aprendizagens científicas Christian Orange 48-63 -
Caderno Educação Especial (20 anos na esepf) // Caderno Criança, Sujeito de Direitos
Vol. 15 (2010)Sumário ArtigosA Sexualidade na Deficiência Mental Paula Alexandra Camelo Almeida
Criança, Sujeito de Direitos: A Infância que se ergue: breve fundamentação Joana Cavalcanti, Daniela Gonçalves, Gabriela Trevisan, José Luís Gonçalves, Maria Cristina Vieira Silva
Dinâmicas de Reconhecimento da Criança, sujeito de direitos José Luís Gonçalves
O Direito à Língua – a diversidade linguística na Escola Maria Cristina Vieira Silva
Perspectivas actuais da Educação Intercultural na promoção de uma escola Inclusiva Ana Sofia Ribeiro, Joana Cavalcanti, Mário Cruz
A Po(ética) da Infância e a Formação para os Valores Joana Cavalcanti
(Re)Inventar um Espaço Reflexivo Daniela Gonçalves
A redescoberta da Infância e da Criança Gabriela Trevisan
Sobredotação e Arte:Factores Influentes na Expressão Plástica de Alunos Sobredotados Marcela de Sá Rios Pinho
Software Plaphoons na comunicação de indivíduo com paralisia cerebral Miguel Maia, Mário Cruz
Tecnologias para a Educação: A mesa educacional E-Blocks no processo de ensino e aprendizagem de uma criança com Trissomia 21 Sofia Isabel Lopes, Mário Cruz
VariæA literatura infanto-juvenil como “suporte” na formação didática de professores de língua materna: uma reflexão teórico-metodológica a partir do texto de Elias José, em Uma escola assim, eu quero pra mim Maria Lúcia Ribeiro de Oliveira
Alternative Assessment Dulce Porto Rodrigues
Dialogicidade da Educação: Possibilidade de Intervenção Consciente da Realidade Shalimar Michele Silva
A linguagem não-verbal no espaço escolar Norma Suely Azevedo
Propostas de Actividades ESEPF -
01 Caderno Ensino de Línguas na Educação Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico; 02 Caderno Luso-Brasileiro; ; 03 Caderno Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
Vol. 14 (2009)01 Caderno Ensino de Línguas na Educação Pré-escolar e 1º Ciclo do Ensino Básico
02 Caderno Luso-Brasileiro
03 Caderno Supervisão Pedagógica e Formação de Formadores
O Tema da Cidadania Adriano Moreira A Música mesmo no meio da Escola Mário Azevedo A Arte de e para superar a Vida Ana Paula Gomes A Aula de Matemática como Espaço Promotor de Autonomia Isabel Cláudia Nogueira A Utopia da Paz Universal Daniel Serrão Ainda não é o fim… (Da disciplina às disciplinas, com recordações e vidros foscos pelo meio) Luis Miguel Duarte Contacto entre línguas, a cultura crioula/ caboverdiana na escrita em Português Rute Perdigão Contextos e Práticas – A experimentação acompanha o Currículo Margarida Quinta e Costa Da democratização da Cultura a um conceito e prática alternativos de Democracia Cultural João Miguel Teixeira Lopes De hello ao hallo – uma abordagem intercultural e plurilingual no ensino precoce de línguas estrangeiras Sandra Antunes, Sílvia Teixeira, Mário Cruz Por uma Didáctica de Línguas Estrangeiras no 1º Ciclo do Ensino Básico Mário Cruz, Gorete Ribeiro Educar para a Diversidade Linguística: Resultados do Projecto JA-LING em Portugal Ana Isabel Andrade, Filomena Martins Edu-LE: English teaching in Madeira (students from 3 to 12 years old) Carla Ferreira, Paula Freitas, Renato Carvalho O Ensino Precoce de Língua Estrangeira e a Literatura para a Infância: diálogo de encantamento Carla Barreira, Joana Cavalcanti Educação Especial, Estigma ou Diferença? Helena Serra A interpretação do erro e a consciência metalinguística - um estudo com alunos de origem cabo-verdiana Nélia Silva Interpretações do mundo e multiculturalismo: incomensurabilidade e diálogo entre culturas João Maria André Intervenção comunitária e inclusão social: o educador e os actores Gabriela Trevisan Intervenção Comunitária e Práticas de Inclusão Xosé Cid Fernández La méthode naturelle à l’école maternelle / O método natural na escola pré-primária Bruno Klein The Role of Linguistic Routines in Early Foreign Language Learning Michele Daloiso Literatura Infantil: Raízes e Definições Olga Maia Fontes O Papel da Transferência na Aprendizagem de Línguas Estrangeiras no 1º Ciclo do Ensino Básico Gorete Ribeiro Paradigmas da Inclusão no Contexto Mundial Helena Serra Paralisia cerebral e dificuldades de comunicação: uma proposta de actividade com recurso a tecnologias de apoio Mário Rui Cruz Perspectiva histórica do ensino da pessoa surda: o Instituto Araújo Porto Maximina Girão Práticas de sensibilização à diversidade linguística e cultural nos primeiros anos de escolaridade: reflexões a partir da sala de aula Susana Sá, Ana Isabel Andrade Práticas de sensibilização à diversidade linguística: que contributos no desenvolvimento e na formação dos professores? Sílvia Gomes, Ana Isabel Andrade Por um processo de ensino-aprendizagem bilingue no 1º CEB Mário Rui Cruz, Paula Medeiros “Surprised!” Telling the pictures. Can the illustrations in picture books promote language acquisition? Sandie Mourão As Tecnologias de Informação e Comunicação na promoção da competência comunicativa intercultural e plurilingue Marisa Marcelo, Paulo Silva, Mário Cruz A Aula de Matemática como Espaço Promotor de Autonomia Isabel Cláudia Nogueira A Criança Hiperativa: o olhar da inclusão Reginete Cavalcanti, Murilo Duarte Costa Lima -
Revista Saber(e)Educar nº13(2008)
Vol. 13 (2008)Consultar Artigos Revista Saber(e)Educar nº13(2008)
Diálogos intra sintácticos: o discurso escrito-visual
El aprendizage basado en competencias en la formación musical de educadores de infantil
Escola : um trampolim para a resiliência onde a adversidade é a deficiência
Utopia do corpo perfeito e bioética
Projecto Rodentia : etologia aplicada na sala de aula do 1º Ciclo
Avaliar a leitura: a leitura na avaliação no 1º Ciclo do ensino básico
(Des)dramatizando a língua portuguesa no ensino básico
Brinca brincando, vai-se lendo a sério...
A aprendizagem estratégica e a geração playstation : o que está em jogo?
Função docente: natureza e construção do conhecimento profissional
Formação de professores para a educação bilingue de surdos
Alterações nos sons da fala : o domínio dos modelos fonéticos
NEE dos alunos disléxicos e/ou sobredotados
Expectativas e concretizações das ciências físicas e naturais
O valor do conhecimento gramatical no ensino-aprendizagem da língua
-
Revista Saber(e)Educar nº12(2007)
Vol. 12 (2007)Artigos
A expressão plástica para a compreensão da cultura visual Oliveira, Mónica
Cultura, conhecimento e identidade - Universidade e contemporaneidade Sá-Chaves, Idália
Em busca da construção de uma escola reflexiva: relatando uma parceria entre universidade e escola Sadalla, Ana Maria Falcão; Prado, Guilherme do Val Toledo
Competências: moda ou inevitabilidade? Gouveia, João
A importância da educação na construção da cidadania Vasconcelos, Teresa
A Formação Prática e a Supervisão da Formação Neves, Maria Ivone